Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

IMPLANTE DO MODULADOR DA CONTRATILIDADE CARDÍACA (OPTIMIZER SMART) PARA O TRATAMENTO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AVANÇADA: OS QUATRO PRIMEIROS IMPLANTES NA AMÉRICA LATINA.

Introdução e/ou Fundamento

A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença grave, progressiva, causada por disfunção ventricular, levando a piora na qualidade e redução na expectativa de vida. Existe um grupo de pacientes com IC inelegíveis para ressincronização cardíaca e para transplante cardíaco ou mesmo pacientes não responsivos ao ressincronizador cardíaco que podem se beneficiar com a Modulação da Contratilidade Cardíaca (CCM). A CCM é um tratamento eficaz para a IC em pacientes que permanecem sintomáticos em terapia médica otimizada e que possuem complexo QRS estreito.

Objetivo

Apresentar a técnica do implante do modulador da contratilidade cardíaca e os resultados iniciais do tratamento no follow-up de 48 meses.

Materiais e Métodos

Entre dezembro de 2020 e abril de 2024, foram realizados 4 implantes de MCC. Os quatro pacientes eram portadores de terapia de ressincronização cardíaca há 9 anos. Encontravam-se na classe funcional III/IV da NYHA, mesmo com terapia médica otimizada. Todos eram do sexo masculino. A idade variou de 48 a 55 anos (média de 51 anos). Os pacientes apresentavam BNP pré-procedimento acima de 400 pg/ml e ao ecocardiograma, mostravam Fração de Ejeção < 35%, apresentando ainda complexo QRS entre 100 a 116 ms. Encaminhados ao setor de Eletrofisiologia, submetidos à sedação leve, deixado a terapia do CR-T em off, realizado uma loja infraclavicular à direita e realizadas 2 punções de veia subclávia direita e introdução de 2 eletrodos solia S60 de fixação ativa (Biotronik) e um gerador Optimizer Smart (Impulse Dynamics). Os dois eletrodos foram inseridos na região septal do ventrículo direito em sítios diferentes com distância acima de 2cm, com parâmetros de impedância e sensibilidade nos padrões aceitáveis, sendo programados: 7,5 Volts de energia com 22 ms de largura de pulso. Tempo médio do procedimento realizado com 60 minutos.

Resultados

Nos quatro pacientes, o ato cirúrgico foi realizado com sucesso, não apresentaram dor precordial apesar da alta voltagem da estimulação, não apresentaram deslocamento dos eletrodos, obtendo alta hospitalar com 24 horas após o procedimento. No seguimento clínico, houve aumento de Fração de Ejeção com melhora da classe funcional para II da NYHA e diminuição no número de internações hospitalares.

Conclusões

A experiência com a (CCM) se mostrou positiva, pois tem se apresentado como opção segura e eficaz na redução de internações e na melhora dos sintomas, da capacidade funcional e melhora na qualidade de vida.

Área

IC Avançada

Autores

LUCAS BRANDãO CAVALCANTE, MARIA CLARA XAVIER, MARIANA BRANDAO CAVALCANTE BULHOES, LETICIA TORRES, MARCELO RUSSO, JORGE FRANCISCO SILVA, GUSTAVO SANTIAGO, LENINE ANGELO, RICARDO FONSECA OLIVEIRA SURUAGY MOTTA, FLÁVIO LOUREIRO, ALFREDO AURELIO MARINHO ROSA, EDVALDO FERREIRA XAVIER JUNIOR