Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

Punção transeptal guiada pelo método Angiográfico para tratamento de fibrilação atrial. Experiência em 589 casos.

Introdução e/ou Fundamento

O isolamento das veias pulmonares para o tratamento da fibrilação atrial (FA) é um método consagrada e superior no controle do ritmo, independente da metodologia empregada. O acesso as veias pulmonares(VP) é sempre realizado por punção transeptal guiada ou não pelo ecotransesofágico.

Objetivo

Apresentar a casuística em nosso serviço utilizando apenas o método angiofráfico em 589 punções transeptais.

Materiais e Métodos

Entre março de 2006 a abril de 2024, 392 pacientes (PT) foram submetidos ao isolamento das VP. Em 100 % dos (PT) a punção transeptal foi guiada pelo método angiográfico. O paciente é colocado em estado sedativo, submetido a introdução de um cateter em seio coronário e um cateter "pig tail" no plano valvar aórtico, em seguida posicionado a fluoroscopia na projeção em oblíqua lateral esquerda 45°. A agulha de punção é posicionada na fossa oval, marcando o septo com injeção de contraste, após a punção é introduzido a bainha. Nos procedimentos com método convencional e EnSite, eram realizadas duas punções transeptais em cada pt, após a punção transeptal, realiza-se infusão de heparina 5000 unidades. Os cateteres eram retirados após confirmação do isolamento das veias e em seguida realizado curativo local compressivo.

Resultados

A idade variou de 23 a 83 anos, a predominancia foi do sexo masculino 72,9%, quanto a classificação da fibrilação atrial (FA) foi abordado na FA paroxística 67% dos casos, na FA persistente 16,37% e na FA permanente 16,63%. No início da experiência foram realizadas o isolamento das VP pelo método convencional (angiográfico) 14 PT (3,7%), pelo método EnSite (tridimensional) 183 PT (46,8%), Pulmonary Vein Ablation Catheter (PVAC) 42 PT (10,8%) e pela crioablação 151 PT (38,7%). Como complicação ocorreu um caso de tamponamento (0,25%) sendo realizado a drenagem imediata do saco pericárdico sem maior gravidade. Em dois pacientes (0,5%) não foi possível realizar a punção transeptal devido a anatomia cardíaca alterada por cirurgia cardíaca prévia. Não foi registrado nenhum caso de lesão esofágica. Ocorreram dois casos (1,3%) de lesão transitória do nervo frênico quando utilizado o método de crioablação.

Conclusões

Apesar da evolução tecnológica para punção transeptal utilizando a sonda do ecointracardíaco ou ecotransesofágico, o método angiográfico quando utilizado em centros com vasta experiência mostrou nesta amostra ser seguro com baixo índice de complicações, além de diminuir o custo total do procedimento. 

Área

Pesquisa Básica

Autores

LUCAS BRANDãO CAVALCANTE, MARIA CLARA XAVIER, MARIANA BRANDAO CAVALCANTE BULHOES, LETICIA TORRES, MARCELO RUSSO, JORGE FRANCISCO SILVA, ALFREDO AURELIO MARINHO ROSA, LENINE ANGELO, RICARDO FONSECA OLIVEIRA SURUAGY MOTTA, FLAVIO LOUREIRO, ALFREDO AURELIO MARINHO ROSA FILHO, EDVALDO FERREIRA XAVIER JUNIOR