Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS NAS REGIÕES BRASILEIRAS

Introdução e/ou Fundamento

A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença cardiovascular que compromete o enchimento ventricular e a ejeção de sangue. É considerada a principal causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde, com taxa de mortalidade (TM) de 11,4 (óbitos/ 100 mil habitantes) no Brasil. Indicadores individuais, sociais e econômicos estão associados a essa mortalidade, levando a discrepâncias regionais. Diante disso, justifica-se a necessidade de traçar um perfil epidemiológico das regiões brasileiras acerca da mortalidade por IC, contribuindo com o direcionamento de recursos financeiros e educativos.

Objetivo

Traçar o perfil epidemiológico de mortalidade por IC durante os anos de 2019 a 2023 segundo as regiões brasileiras.

Materiais e Métodos

Estudo ecológico de análise de série temporal da mortalidade por IC entre 2019 e 2023 segundo as regiões brasileiras. Utilizou-se o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis de interesse foram a idade, o sexo e a raça/etnia.

Resultados

Tem-se na região Norte: TM geral de 12,49; TM no sexo masculino de 12,20 e de 12,91 no sexo feminino; raças com maior TM: branca (12,97), preta (13,84) e amarela (13,60); aumento progressivo na TM a partir de 50 anos. Na região Nordeste, tem-se: TM geral de 11,96; TM no sexo masculino de 11,40  e de 12,63 no sexo feminino; raças com maior TM: branca (12,12), preta (11,3) e parda (11,3); aumento progresso da TM a partir de 45 anos. Na Sudeste, observou-se: TM geral de 13,54; TM no sexo masculino de 13 e de 14,1 no sexo feminino; raças com maior TM: branca (13,85), preta (13,58) e amarela (12,73); aumento progressivo na TM a partir de 35 anos. Na região Sul, tem-se: TM geral de 10,47; TM no sexo masculino de 10,06 e de 10,87 no sexo feminino; raças com maior TM: amarela (14,83), indígena (11,64) e branca (10,65); aumento progressivo na TM a partir de 45 anos. Na região Centro-Oeste, constatou-se: TM geral de 10,61; TM no sexo masculino de 10,17 e de 11,13 no sexo feminino; raças com maior TM: parda (10,88), indígena (10,13) e branca (10,11); aumento progressivo da taxa a partir de 40 anos. No gráfico a seguir, detalha-se a taxa de mortalidade de acordo com cada região brasileira.    

Conclusões

O perfil epidemiológico da mortalidade por IC na região Norte é de mulheres pretas acima de 50 anos; na região Nordeste é de mulheres brancas acima de 45 anos; na região Sudeste é de mulheres brancas acima de 35 anos; na região Sul é de mulheres amarelas acima de 45 anos; na região Centro-Oeste é de mulheres pardas acima de 40 anos. Diante disso, tais perfis podem contribuir com o direcionamento de campanhas de rastreio de fatores de risco a fim de prevenir e de diagnosticar precocemente, bem como com o encaminhamento de recursos para as regiões e para a população mais acometidos.

Área

Pesquisa Básica

Autores

LUDMILA CRISTINA CAMILO FURTADO, Augusto Pessoli Frizzo , Maria Eduarda Antunes Parreiras , Íris Caroline de Oliveira Moura, Marcela Vasconcelos Montenegro , Maria Carolina Leal Silva , Julia Costa Evangelista , Luan Fernandes Lins , Mariana Lucena Loureiro , Isabelle Pereira Lima , Dário Celestino Sobral Filho