Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

Análise de tempo de espera de priorização de transplante cardíaco em um hospital de referência no Rio de Janeiro

Introdução e/ou Fundamento

Introdução: O transplante cardíaco representa uma importante modalidade terapêutica para pacientes com insuficiência cardíaca avançada, oferecendo uma chance de sobrevida e melhora da qualidade de vida. No Brasil, o programa de transplante cardíaco começou na década de 80 e o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) é referência nacional nesse campo. A priorização de tempo em transplante cardíaco é um processo complexo e crucial para garantir a alocação de órgãos de forma justa e eficiente. Apesar disso, ainda não existem análises sobre o tempo de espera de priorização de transplante no Rio de Janeiro. 

Objetivo

Objetivo: Descrever o tempo de espera de priorização de transplante cardíaco em um hospital de referência no Rio de Janeiro. 

Materiais e Métodos

Método: Estudo observacional, transversal com pacientes com insuficiência cardíaca avançada que foram priorizados para a realização de transplante cardíaco de 2014 a 2024 no INC. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos, tempo de espera na lista de transplante, mortalidade e tempo de sobrevida pós-transplante. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial. 

Resultados

Resultados: De 2014 a 2024, 48 (30%) pacientes foram priorizados na fila de espera por transplante cardíaco, com mediana de tempo de espera após a priorização de 13,5 (03-39,5) dias. Os pacientes tinham média de idade de 43 ±15, sexo predominantemente masculino para receptor (77,1%) e doador (71,7%), etnia autodeclarada branca (55,8%). As etiologias mais frequentes foram idiopática (34,8%) e por miocardite (26,1%). A mortalidade pós-transplante foi de 51,1%, tempo de sobrevida pós-transplante 365 (27,5-1095) dias. Com relação ao tipo sanguíneo, 41,3% tinham tipo O e 37% tipo A, com 90,5% fator RH positivo. As variáveis clínicas e sociodemográficas não foram associadas ao tempo de espera de priorização. 

Conclusões

Conclusões: A análise detalhada do tempo de espera na lista de transplante cardíaco e seus desfechos clínicos revelou informações cruciais para aprimorar a prática de alocação de órgãos e a gestão de pacientes com IC avançada. A identificação de disparidades no acesso aos cuidados de saúde, a alta taxa de mortalidade pós-transplante e o tempo de sobrevida variável pós-transplante destacam a importância de políticas de intervenção direcionadas para garantir uma distribuição mais equitativa dos órgãos disponíveis.

Área

IC Avançada

Autores

LUISA WAGNER DO REGO BARROS, JACQUELINE SAMPAIO DOS SANTOS MIRANDA, ANTONIO FELICIANO FATORELLI, ANA LUIZA FERREIRA SALES, ANA CARLA DANTAS CAVALCANTI, CAROLINE SILVA GOUVEA MARQUES, LIGIA Beatriz Chaves Espinoso SCHTRUK, MARIANE DE OLIVEIRA LAURÊNCIO, TEREZA Cristina Felippe GUIMARÃES