Dados do Trabalho
Título
Perfil epidemiológico, clinico e evolutivo da Takotsubo no Brasil: Registro Brasileiro de Takotsubo (Takosubo Br-R)
Introdução e/ou Fundamento
ntrodução e/ou Fundamento O perfil clinico e de métodos complementares e a evolução da Takotsubo (Tk) no Brasil não estão bem caracterizadas devido a falta de um registro nacional da população brasileira
Objetivo
Objetivo Estabelecer as características clinicas e dos métodos complementares e a evolução intra-hospitalar e pós alta dos pacientes com Tk no Brasil.
Materiais e Métodos
Materiais e Métodos Este é um estudo retrospectivo, observacional,multicêntrico no Brasil, de pacientes hospitalizados com Tk de acordo os critérios da International Takotsubo Diagnostic Criteria (InterTAK Diagnostic Criteria).Foram avaliados as características clinicas, ECG, ecocardiograma(ECO) , ressonância magnética cardíaca (RMC) ,e coronariografia(CAT) e desfechos clínicos intra-hospitalar e ambulatorial até 12 meses.
Resultados
Resultados 448 pacientes foram incluidos, com Idade média de 70 ± 14,6anos, com maior prevalência de mulheres(88,4%). A presença de gatilho foi identificado em 70,4% . As apresentações clinicas mais comuns foram dor toráxica (72,6%)e insuficiência cardíaca aguda (27,7%). No ECG observamos supra do segmento ST em 34,3%, inversão da onda T em 29,4% e s/alteração (19%). O ECO apresentou FEVE de 45 ± 13%, com alteração segmentar e regiões apical (96%),Medio(5,2%) e basal(2,4%), com balonamento(35,7%) ,acinesia(64,5%) e hipocinesia(29,5%),e acometimento do VD(4,8%). A FEVE recuperou em 67% durante a internação e 100% em 60 dias pós alta hospitalar.129 pacientes fizeram RMC, com realce tardio positivo em 29,4%: mesocárdico (31%)transmural(33%), endocárdico(41%) e epicárdico(30,8%), e edema (29,2%). CAT c/ DAC sem relação com a alteração segmentar em 24%.Os pacientes evoluíram com FA/Flutter(8,3%);Choque Cardiogênico(14,7%) ;IRA(22,1%)e 7,3% com Morte intra-hospitalar. No seguimento de 1 ano pós-alta foi observado uma taxa acumulativa de recorrência de Tk (0,8%), readmissão por DCV(2,6%) e mortalidade total(0,8%) respectivamente.
Conclusões
Conclusões O Registro Brasileiro de Takotsubo demonstrou características clinicas e de exames complementares semelhantes aos dos registros internacionais com predomino de dor toráxica com alteração do segmento ST. Apresentou uma MIH de 7,3% e choque cardiogênico em 14,7%, demonstrando que Tk não é uma patologia de baixo risco nos desfechos intra-hospitalares . Em 12 meses pós alta demonstrou uma baixa taxa de recorrência, readmissão hospitalar e mortalidade, caracterizando um prognóstico benigno a longo prazo.
Área
Pesquisa Clínica
Autores
MARCELO WESTERLUND MONTERA, FABIO FERNANDES, ADRIANO MENDES CAIXETA, VERA MARIA SALEMI COURY, PEDRO GABRIEL MELO BARROS, GUSTAVO DUQUE, MARCUS VINICIUS SIMOES