Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

Protocolo de construção de teleconsulta para atendimento de pessoas com insuficiência cardíaca

Introdução e/ou Fundamento

A insuficiência cardíaca( IC) corresponde a uma das principais doenças crônicas não transmissíveis que mais acometem a população mundial, bem como trata-se de uma síndrome multifatorial complexa, em que o coração não consegue desempenhar sua função de forma fisiológica ocasionando uma série de prejuízos como um déficit de autonomia, dificuldade no monitoramento de seus sinais e sintomas e a inclusão de mudanças em seus hábitos de vida (Rohde et al .,2018; Cestari et al.,2022). A telemedicina surge, portanto, como uma tecnologia capaz de fornecer diversos benefícios tanto ao usuário quanto à equipe de saúde responsável por seu tratamento, garantindo uma significativa melhoria no acompanhamento e recuperação do indivíduo (Moertl D, et al., 2017).

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo para teleconsulta em cardiologia com foco em pacientes com insuficiência cardíaca.  

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo metodológico conduzido em duas fases sendo a primeira: uma revisão de escopo para obtenção de elementos necessários para a construção do protocolo; a segunda fase compreende a construção do protocolo supracitado. A pesquisa foi realizada na Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca (UTIC) do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza/CE, referência no estado para doenças cardiorrespiratórias e transplante cardíaco

Resultados

A primeira fase contou com o desenvolvimento de uma revisão de escopo, em que foram buscado as melhores evidências sobre a telemedicina e a criação de protocolos para serem aplicados nessa ocasião, nesta houve destaque para o período pandémico vivenciado nos últimos anos e como essa experiência contribuiu para alavancar o uso das teleconsultas bem como auxiliou na compreensão dos elementos necessários para a composição da segunda fase.  A segunda fase foi a criação do protocolo de teleconsulta, no qual o princípio médico focado no benefício integral do paciente foi prezado. Foram incluídas neste as diretrizes e normatizações instituídas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Ministério da Saúde. O protocolo se divide em sete categorias, sendo elas: Identificação, Anamnese, Exame físico, Medicações em uso, Teste de Morisky, Exames complementares e conduta implementada.  

Conclusões

Logo, após passar pelos processos de validação junto aos juízes experts, profissionais da saúde e público alvo, o protocolo poderá ser utilizado promovendo uma estrutura clara e abrangente para a aplicação das consultas remotas com os indivíduos com IC. Assim sendo, a tecnologia tem a finalidade de garantir uma melhor qualidade de vida a esses pacientes, bem como dinamizar o trabalho de acompanhamento prestado pela equipe de saúde.  

Área

Pesquisa Multidisciplinar

Autores

Glauber Gean de Vasconcelos, Vera Lúcia Mendes de Paula Pessoa, Virna Ribeiro Feitosa Cestari, Deborah Nogueira Mesquita do Nascimento, Thiago Martins de Sousa, Joyce da Silva Alves, Janielly Rodrigues dos Santos , Ana Beatriz da Silva Belarmino, Francisco Isaias Meneses da Silva, Maria Eduarda Maciel Silva Silva , Arthur Andrade Vitoriano, Felipe Albuquerque Colares, Lara Lins Áfio Ponte, Luiz Filipe Torres de Alencar , Iasmin Saldanha Façanha