Dados do Trabalho

Título

Levantamento da taxa de mortalidade entre pacientes com insuficiência cardíaca em comparação a outras doenças cardiovasculares no estado de Pernambuco entre o período de pandemia da COVID-19

Introdução e/ou Fundamento

A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clínica que ganhou destaque no cenário pandêmico da COVID-19 por sua crescente prevalência e baixa sobrevida. De fato, a IC é um desfecho desfavorável comum de muitas afecções cardiovasculares e hemodinâmicas, com alta taxa de mortalidade (TM), sendo este dado premente por revelar o panorama atual da doença e demandar resultados terapêuticos.

Objetivo

O objetivo deste trabalho é analisar e comparar a TM entre pacientes com IC e outras doenças cardiovasculares (ODC) durante o período da pandemia da COVID-19 no estado de Pernambuco.

Materiais e Métodos

Este estudo possui perfil epidemiológico, ecológico, descritivo e de caráter quantitativo. Os dados são referentes aos óbitos por IC ocorridos no estado de Pernambuco, no período de janeiro de 2020 a maio de 2023. A coleta de dados deu-se através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponibilizados pela secretaria de vigilância em saúde do ministério da saúde, no portal do Departamento de Informática do SUS. A busca dos dados se deu por meio da Classificação Internacional de Doenças, com o código L50. Dentro das variáveis utilizadas, estão: doença cardiovascular, caráter de atendimento, município e ano. A tabulação foi feita pelo TABNET e a análise dos dados com auxílio do Software Microsoft Office Excel. Por se tratar de um estudo com dados secundários e efetuado em uma plataforma de domínio público, não foi necessário a aquisição de termos e submissões à comitês.

Resultados

Os resultados indicam que, durante o período da pandemia da COVID-19 em Pernambuco, a TM entre pacientes com IC foi significativamente diferente daquela observada em ODC. Essas análises fornecem insights importantes sobre o impacto da pandemia na mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares e podem orientar futuras intervenções e políticas de saúde.

Conclusões

Destarte, nota-se significativa TM da IC durante o período analisado, sobretudo quando comparado às ODC, com 2.691 óbitos registrados – cerca de 48% do total de mortes observadas. As análises realizadas ressaltam a urgência de implementar estratégias direcionadas para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz desta doença durante crises de saúde pública, visando melhorar os desfechos clínicos e reduzir a morbimortalidade associada.