Dados do Trabalho
Título
Comportamento da frequência cardíaca, fadiga e dispnéia nos testes funcionais em pacientes com insuficiência cardíaca: Teste do degrau x Teste caminhada
Introdução e/ou Fundamento
Introdução: Estima-se que 64,3 milhões de pessoas vivem com insuficiência cardíaca (IC) no mundo, e a redução acentuada na capacidade funcional (CF) é uma das repercussões da doença. Dessa forma, os testes funcionais, como o teste de caminhada de 6 minutos (TC6), e o teste do degrau de 6 minutos (TD6), são utilizados para avaliar a CF de pacientes com insuficiência cardíaca (IC).
Objetivo
Objetivo: Comparar a frequência cardíaca e percepção subjetiva de esforço e de fadiga de membros inferiores no período pré e pós teste do degrau e de caminhada de 6 minutos em pacientes portadores de insuficiência cardíaca.
Materiais e Métodos
Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes portadores de IC atendidos no ambulatório de um Hospital de referência, no período de julho de 2022 à dezembro de 2023. Foi aplicado inicialmente um questionário com dados sociodemográficos e dados referentes à condição de saúde. Após foi aplicado o teste da caminhada dos 6 minutos (TC6) e o teste do degrau de 6 minutos (TD6) randomizados de forma aleatória. Frequência cardíaca (FC), percepção subjetiva de esforço (Borg Dispnéia) e de fadiga de membros inferiores (Borg de MMII) foram avaliados no repouso e imediatamente ao término dos dois testes. Testes de correlação e teste T pareado foram aplicados. O nível de significância adotado foi de 5%. Estudo aprovado no Coética com No 4.987.763.
Resultados
Resultados: Foram avaliados 53 pacientes. Desses 28 (52,8%) eram homens, com média de idade de 59,7±15,6 anos, peso médio de 71,6±14,9 kg, e altura média de 1,58±0,09 m. Na NYHA, a classe I foi predominante (n=20, 37,7%). A FEVE média foi de 53,6±15,9%. No TC6, os participantes caminharam em média 382,0±90,9 metros. No TD6, a média foi de 79,3±31,8 passos. Foi encontrada uma correlação moderada entre o TC6 e o TD6 (r=0,599, p ˂0,001), não houve correlação tanto do TC6, quanto do TD6 com a FEVE (p=0,914 e p=0,242 respectivamente). No período pré-teste não foi observado diferença estatística entre os valores de Borg Dispnéia (1,4±1,5 pontos no TC6 e 1,1±1,4 pontos no TD6, p=0,168) e Borg MMII (1,4±1,5 pontos no TC6 e 1,1±1,5 pontos no TD6). Já na FC foi verificada diferença no pré (75,9±16,5 bpm no TC6 e 72,1±17,7 bpm no TD6, p=0,012). No pós-teste foi identificada, em média, uma FC com 9,4 bpm a mais no TD6 em relação ao TC6 (80,4±17,7 bpm no TC6 e 89,9±25,9 bpm no TD6, p<0,001), e o mesmo padrão foi observado no Borg Dispnéia (3,1±2,4 pontos no TC6 e 4,4±2,3 pontos no TD6, p<0,001 e no Borg MMII (2,9±2,3 pontos no TC6 e 4,1±2,5 pontos no TD6, p=0,001).
Conclusões
Conclusão: o TD6 provoca um maior aumento da frequência cardíaca e na sensação de fadiga de MMII quando comparado ao TC6. Além disso todos os valores estão dentro da faixa de segurança para realização dos testes.
Área
Pesquisa Multidisciplinar
Autores
Amanda Silva da Costa , Carolina Azevedo da Graca Lira , Caroline Alves Madeira , Lindemberg Barreto Mota da Costa , Livia Nepomuceno Soares , Marília Isabelle de Lima Mota , Vinicius de Sousa Veras, Daniela Guardano Bucharles Montalverne