Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca

Dados do Trabalho


Título

Fração de ejeção acima ou abaixo de 50% impacta no desempenho no teste do degrau de 6 minutos?

Introdução e/ou Fundamento

A redução acentuada da capacidade funcional (CF)  das milhões de pessoas que vivem com insuficiência cardíaca (IC)no mundo é uma das principais repercussões da doença. Dessa forma, os testes funcionais, como o teste do degrau de 6 minutos (TD6), vem sendo utilizado para avaliar a CF de pacientes.

Objetivo

 Verificar se a fração de ejeção (FEVE) impacta no desempenho no teste do degrau de 6 minutos (TD6). 

Materiais e Métodos

Estudo transversal, realizado em um ambulatório de referência para pacientes portadores de IC, no período de julho de 2022 a novembro de 2023. Foram incluídos indivíduos com idade acima de 18 anos, independente do sexo e do tipo de insuficiência cardíaca. Foram excluídos pacientes com sequela motora. Pesquisa aprovada com CEP no 4.987.763. Foi aplicado uma ficha de avaliação com dados gerais e sobre a doença e realizado avaliação da força muscular do quadríceps (FMQ) utilizando um dinamômetro portátil. Na sequência foi realizado o TD6 seguindo protocolo descrito na literatura. Para análise estatística os participantes foram divididos em dois grupos: Grupo A para aqueles com FEVE igual ou superior a 50% e grupo B para aqueles com FEVE  49%. Foi aplicado teste T para comparação entre os grupos. Teste de correlação foi aplicado intragrupo para verificar associação entre o desempenho no TD6 e a FMQ. Foi considerado como estatisticamente significante quando p0,05.

Resultados

 Foram avaliadas 53 pessoas. O grupo A foi composto por 31 indivíduos sendo 17 (54,8%) mulheres, com FEVE média de 65,18,3%, com média de idade de 58,317,5 anos, peso e altura média respectivamente 73,515,2 kg e 1,590,09 m. Na NHYA a classe I foi a mais comum (n=13, 38,2%) e a média da FMQ dominante foi de 6,14,7 kgf. No TD6 a média de passos foi de 85,331,4. O grupo B foi composto por 22 indivíduos sendo a maioria homens (n=14, 63,6%), com FEVE média de 37,27,0%, com média de idade de 60,112,6 anos, peso e altura média respectivamente 67,213,2 kg e 1,560,09 m. Na NHYA a classe II foi a mais comum (n=7, 36,8%) e a média da FMQ dominante foi de 6,85,6 kgf. No TD6 a média de passos foi de 71,932,2. Quando comparado os grupos não foi observado diferença estatisticamente significante entre idade, sexo, peso e altura (p>0,05). Também não foi evidenciado diferença entre o TD6 (p=0,147) e na FMQ dominante (0,662). Quando correlacionado a FMQ com o TD6 intragrupos não foi observado associação (grupo A r=0,241, p=0,088; grupo B r=0,180, p=0,205). 

Conclusões

 Os indivíduos com FEVE acima de 50% parecem ter um melhor desempenho no TD6 quando comparado com FEVE abaixo de 50%, entretanto não foi observado uma diferença estatística. A FMQ não parece ter relação com o TD6. Acreditamos que o número de participantes possa ter influenciado nos resultados encontrados.

Área

Pesquisa Multidisciplinar

Autores

Amanda Silva da Costa , Débora da Nóbrega Barroso , Celiane Nogueira Morais de Sousa, Glecyelle de Sousa Lima, Lícia Nair Matos Muniz, Marília Isabelle De Lima Mota , Taynan Ferreira da Silva , Thuanny Naiara da Silva Barros , Wanessa Sousa Menezes, Daniela Gardano Burcharles Montalverne