1º Encontro de Departamentos da Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Morbidade hospitalar no SUS por Insuficiência Cardíaca no território brasileiro: um estudo transversal dos últimos 5 anos

Resumo

Introdução. A insuficiência cardíaca (IC) trata-se de uma síndrome clínica caracterizada por sintomas como dispneia e fadiga associada à evidência de disfunção cardíaca. Se manifesta quando a capacidade de ejeção ventricular está prejudicada por conta de distúrbios estruturais ou funcionais, assim o coração não consegue bombear sangue de maneira satisfatória ou o faz às custas de altas pressões de enchimento. Objetivo. O estudo busca analisar o perfil de internações e óbitos decorrentes de insuficiência cardíaca nos últimos 5 anos no Brasil. Método. Realizou-se um estudo transversal utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) via DATASUS. Analisou-se os dados de morbidade hospitalar, por local de internação, por insuficiência cardíaca entre o período de outubro de 2018 a outubro de 2023. Resultados. Durante o período, ocorreram 958.876 internações no Brasil, sendo o ano de 2022 com o maior número, totalizando 201.611. As regiões com maiores percentuais foram: sudeste (42,56%), sul (22,06%) e nordeste (22,24%). Em relação ao atendimento, 94,5% foram de urgência, representando 89% dos gastos totais (aproximadamente 1,9 bilhão de reais). Na população, 37,9% eram brancos, 37,6% pardos, e 163.674 casos sem informação de cor/raça. 88,17% dos casos se concentraram na faixa etária entre 50 e 79 anos, sendo 26,5% entre 70 e 79 anos. Todavia, dos 116.172 óbitos, 34% foram na faixa etária acima de 80 anos. Apesar da predominância masculina nas internações de modo geral (52,1%), na faixa etária acima de 80 anos 57,8% eram mulheres, com 23.135 óbitos (58,6% do total para a faixa etária). A mortalidade no Sudeste foi 13,44%, acima da média nacional de 12,12% nos últimos cinco anos. Conclusão. Os resultados apontam a IC como uma importante causa de hospitalização no Brasil, destacando-se a população idosa, muitas vezes portadores de outras comorbidades associadas, como hipertensão, diabetes e doenças renais. Há um aumento crescente da doença a partir dos 50 anos de idade, sendo as mulheres acima dos 80 anos que registram um maior número de óbitos. O elevado custo ao sistema de saúde, especialmente nos atendimentos de urgência, chegando próximo aos 2 bilhões de reais, ressalta a importância da prevenção e diagnóstico precoce na atenção primária, visando um manejo mais eficaz.  

Palavras Chave

Insuficiência Cardíaca; hospitalização; perfil epidemiológico

Área

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA / CARDIOMIOPATIA/ TRANSPLANTE

Categoria

Iniciação Científica

Autores

ARIADNE GOMES FARIAS, ARIANE GOMES FARIAS, REBECCA MARIA NOGUEIRA DE SOUSA, LAIANY OLIVEIRA DE JESUS, PAULA BEZERRA NOVAES, DELANO XAXÁ LEITE RODRIGUES