1º Encontro de Departamentos da Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Ablação por Cateter Versus Terapia Medicamentosa para Fibrilação Atrial

Resumo

Introdução: O controle da fibrilação atrial (FA) é imprescindível para evitar a formação de trombos, aumentar não só o tempo de sobrevida como também a qualidade de vida e diminuir o risco de sequelas. O tratamento da FA baseia-se na terapia antitrombótica, controle de ritmo medicamentoso (CRM) e ablação por cateter (AC) para diminuir a recorrência da FA. Objetivo: Comparar o tratamento medicamentoso e ablação por cateter em paciente com fibrilação atrial. Métodos: Para a elaboração desta revisão sistemática, foram selecionados ensaios clínicos e estudos observacionais em inglês, nos últimos 5 anos, tendo como referência as bases de dados MEDLINE e Scopus com as seguintes palavras chaves e suas respectivas variações no DeCS/MeSH: Atrial Fibrillation, Catheter Ablation, Drug Therapy. O boleano AND foi utilizado entre os termos. Foram incluídos estudos que compararam a terapia medicamentosa e cirúrgica para FA, enquanto aqueles que focaram em alguma classe medicamentosa ou técnica cirúrgica específica foram excluídos encontrando-se, assim, 17 estudos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, quatro artigos fizeram parte desse estudo. O checklist PRISMA foi utilizado para aprimorar essa revisão. Resultados: Os estudos envolveram um total de 2372 pacientes. Nesse sentido, demonstrou-se que o tratamento com AC no controle da FA foi bastante efetivo para os pacientes mais jovens abaixo dos 65 anos de idade. Além disso, a AC mostrou ser mais efetiva que o CRM na ausência de fibrose ventricular esquerda. Paralelamente, a AC evidenciou melhorias mais significativas na qualidade de vida em relação à terapia medicamentosa para mulheres e homens apenas no primeiro ano, enquanto ambos obtiveram benefícios adicionais relativamente semelhantes quando o quadro inicialmente era mais grave. Por fim, ainda nos primeiros 12 meses, os pacientes que passaram pela AC apresentaram, no geral, menos sintomas, melhor qualidade de vida e também elevação da capacidade funcional se comparados com pacientes que receberam a terapia medicamentosa. Ademais, as internações por insuficiência cardíaca representaram 53% de todas os motivos cardiovasculares e houve uma piora significativa da sobrevida em pacientes que receberam apenas o tratamento medicamentoso. Conclusões: Essa revisão sistemática evidenciou que, em pacientes com FA, a AC é superior em relação ao CRM, exceto em um estudo na qual assemelhou-se à CRM quando usados em pacientes com insuficiência cardíaca associada.

Palavras Chave

Atrial Fibrillation; Catheter Ablation; Anti-Arrhythmic Drug Therapy

Área

ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

LUCAS SABBAGH LOURES VIEIRA, LUANA FRANCISCO MUNCK FONTES, JONATHAN VINICIUS DA SILVA CASARIM, ANA PAULA FERREIRA