1º Encontro de Departamentos da Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Experiência de serviço terciário com ablação septal por radiofrequência no tratamento da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva

Resumo

INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (CMHO) pode estar associada a sintomas limitantes de qualidade de vida, refratários à terapêutica otimizada. A terapia de redução septal (TRS) está indicada nestes pacientes quando há gradiente de via de saída do ventrículo esquerdo (GVSVE) maior ou igual a 50mmHg. A miectomia septal cirúrgica e a ablação septal com álcool são as formas de TRS indicadas por diretrizes. Um novo método de TRS tem sido desenvolvido: a ablação septal por radiofrequência (RF), utilizando-se os mesmos cateteres dos estudos eletrofisiológicos invasivos, guiados por ecocardiograma transesofágico. Descrevemos, neste estudo uma série de casos de pacientes que foram submetidos a esta nova técnica. MÉTODOS: Estudo observacional, do tipo coorte histórica por análise de prontuário. Foram selecionados pacientes com idade maior que 18 anos diagnosticados com cardiomiopatia hipertrófica, submetidos a abordagem invasiva para redução de GVSVE por ablação septal por RF, de 01 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2022, com pelo menos 1 ano de acompanhamento. RESULTADOS: Foram analisados 28 pacientes, sendo 6 (21,4%) do sexo masculinos, com média de idade de 59 anos (DP ± 10 anos), e média de GVSVE sistólico de 89 mmHg (DP ± 33,9 mmHg), classe funcional III/IV em 100% dos pacientes. Dados clínicos dos pacientes estão listados na tabela 1. Houve queda do GVSVE em 24 pacientes (85,7%) após 1 ano de acompanhamento, com uma GVSVE médio de 34mmHg (DP ± 33,3mmHg). Na sala de procedimento, imediatamente após a aplicação de RF, observou-se menor queda do GVSVE (40mmHg DP ± 30,5mmHg), atribuindo-se este fato ao processo inflamatório induzido. Melhora sintomática ocorreu em 23 (82,1%) pacientes, como observado no gráfico 1. CONCLUSÕES: A ablação septal por radiofrequência foi associada a redução significativa do GVSVE e sintomas e pode ser considerada uma alternativa à terapêutica de RS nos pacientes com CMHO  sintomáticos e refratários à terapêutica otimizada.   Gráfico 1- Variação da classe funcional pré e ao término do seguimento de um ano.  

Palavras Chave

Cardiomiopatia hipertrófica; Catheter Ablation

Área

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA / CARDIOMIOPATIA/ TRANSPLANTE

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

LARISSA VENTURA BRUSCKY, EDILEIDE BARROS CORREIA, BRUNO VALDIGEM, PLÍNIO WOLF, RAQUEL BRITO, ANA CRISTINA MURTA, ANDREA VILELA , LIRIA SILVA