Dados do Trabalho
Título
Tratamento de fibrilação atrial em pacientes jovens: Anti-arrítmico ou ablação ? - Uma revisão de literatura
Resumo
Introdução: Fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum em adultos. O tratamento é importante, visto que aumenta o risco de insuficiência cardíaca e, em casos graves, leva a um acidente vascular cerebral. Dessa forma, discute-se qual a melhor forma de tratar a FA, tendo em vista os mais diversos e variados métodos de intervenção, como a utilização de tratamento com medicamentos antiarrítmicos (DAAs) ou ablação por cateter de radiofrequência (RFA). Em um primeiro momento tem-se a utilização, em geral, de betabloqueadores. Porém, a RFA é considerada mais eficaz no tratamento da FA sintomática recorrente. Objetivo: Debater, com base em uma banca de dados pré selecionados, se antiarrítmico ou ablação será mais eficaz no tratamento de FA. Método: Foram consultadas as bases de dados PubMed, ScienceDirect e Scielo. Nestas foram pesquisados os indexadores “young patients” AND “atrial fibrillation” AND “treatment”, descritos a partir dos termos de busca Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Para o desenho do estudo, incluímos: ensaio clínico randomizado e estudo controlado, publicados entre 2014 e 2024. Dessa forma, foram obtidos no total 4.184 resultados. Os artigos foram selecionados por três revisões independentes, que adotaram critérios baseados na relevância dos estudos abordados para o estudo em questão. Resultado: Para decidir o melhor tratamento de FA, é indispensável ter em mente a categorização (paroxística, persistente, persistente de longa duração e permanente), faixa etária e patologias associadas. A partir de então, podemos considerar os procedimentos de RFA e o DAAs. O DAAs demonstrou efeitos preventivos e não foram bem indicados para controle da frequência cardíaca. Em contrapartida, a RFA é um apropriado tratamento estratégico para pacientes sintomáticos, pois demonstra melhoras na fração de ejeção ventricular esquerda, reduz o risco de hospitalização e apresenta maior eficiência em manter o ritmo sinusal. No entanto, a recorrência da arritmia após a RFA é frequente e múltiplos procedimentos são necessários para controle a longo prazo; mas ainda é tido como um tratamento bem estabelecido. Conclusão: Em pacientes jovens a RFA é um tratamento de primeira linha, com melhor custo e efetivo na FA, sendo uma alternativa segura e superior aos DAAs na manutenção do ritmo sinusal e melhora dos sintomas. Portanto, optar pela RFA é o procedimento mais indicado, seguro e com menor tempo de hospitalização.
Palavras Chave
Pacientes jovens; Fibrilação Atrial; Tratamento
Área
ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA
Categoria
Jovem Pesquisador
Autores
BEATRIZ LIMA VITORIO FERREIRA, MARISOL LACERDA CORONADO, NICOLLE FARIAS QUEIROZ, RANGEL SILVA MARTINS QUEIROZ