1º Encontro de Departamentos da Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Medidas de prevenção de infecção de sítio cirúrgico na cirurgia cardíaca com esternotomia

Resumo

Introdução: A crescente prevalência de doenças cardiovasculares no Brasil, acompanhada pelo aumento nas taxas de mortalidade e comorbidades, destaca-se como um desafio significativo. As cirurgias cardíacas, ainda necessárias para reduzir a taxa de mortalidade, enfrentam riscos aumentados de complicações pós-operatórias, especialmente infecções. A Infecção de sítio cirúrgico (ISC) surge como uma preocupação relevante, exigindo esforços intensos na prevenção e controle, com destaque para a importância do Processo de Enfermagem na aplicação de medidas preventivas baseadas em evidências científicas.  Objetivo: Descrever as principais medidas de prevenção de infecção do sítio cirúrgico adotadas para pacientes submetidos à cirurgia cardíaca no período perioperatório. Métodos: Estudo transversal de base de dados secundários coletados do banco de dados do serviço de controle de infecção relacionada à assistência à saúde de um hospital universitário e de prontuários eletrônicos, que avaliou os principais dados referentes às condutas implementadas aos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Foram considerados os procedimentos com toracotomia e circulação extracorpórea, realizados entre janeiro de 2018 e dezembro de 2022, que evoluíram para infecção de sítio cirúrgico. Resultados: Destaca-se taxa de infecção de aproximadamente 13.60%, 90.91% dos pacientes com glicemia pré-operatória ≤180 mg/dl, 90.91% com tempo de internação no pré-operatório >24h, “Vancomicina+Gentamicina” como a antibioticoterapia profilática mais utilizada (37.66%), tricotomia realizada em 25.97% dos casos, banho pré-operatório verificado em 45,44% da amostra e 49.35% com glicemia pós-operatória ≤200 mg/dl. O diagnóstico predominante foi do subtipo incisional superficial com 53.25% e não houve associação significativa do subtipo com as variáveis sexo, tricotomia e banho no pós-operatório. Conclusão: A taxa de infecção mostrou-se alta para o aceitável em cirurgias limpas. Ademais, a antibioticoprofilaxia, o controle da glicemia pré-operatória e a tricotomia apresentaram adequabilidade às recomendações da instituição. Já o tempo de internação no pré-operatório e a manutenção da glicemia pós-operatória indicaram não adequação. O banho pré-operatório não foi avaliado, devido à incompletude dos dados.

Palavras Chave

Cirurgia cardíaca; Controle de infecções; Infecção da ferida cirúrgica

Área

ENFERMAGEM

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

HENRIQUE DE CASTRO, BRUNA MORAES BARBIERI, LUCAS DALVI ARMOND REZENDE, WALCKIRIA GARCIA ROMERO SIPOLATTI, BRUNO HENRIQUE FIORIN