1º Encontro de Departamentos da Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Estudo da Mortalidade Cardiovascular Prematura na população de Curitiba entre 2012-2022

Resumo

Introdução As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade no mundo. Em relação a mortalidade prematura, entre os 30 e 69 anos de idade, ficam atrás apenas dos cânceres. As DCV têm relação com o processo aterosclerótico e seus fatores de risco. Além das altas taxas de mortalidade trazem consigo grande morbidade. Objetivo O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil da mortalidade cardiovascular prematura na população de Curitiba. Métodos Para o trabalho foram avaliados os dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Prefeitura Municipal de Curitiba. Como a pesquisa avaliou banco de dados com informações agregadas, sem identificação individual, não houve necessidade de aprovação por Comitê de Ética e Pesquisa, nem do termo de consentimento livre e esclarecido. Para o cálculo da taxa de mortalidade (TM), expressa em número de mortes/100.000 habitantes, foram utilizadas as bases populacionais, dos óbitos dos residentes em Curitiba, entre 30 e 69 anos, disponíveis no DATASUS-Tabnet, estimativas populacionais por município do Ministério da Saúde, por idade e sexo, 2000-2022. A população de 2022 foi estimada repetindo a de 2021. As mortes por DCV são as classificadas com os códigos entre I00 a I99, da 10ª Classificação Internacional de Doenças, a CID10. Resultados No período, entre 2012 e 2022, a principal causa de mortalidade prematura foram as neoplasias, com uma média de TM de 123,4, seguidas das causas circulatórias, com média de 102,8. As exceções são os anos da pandemia quando as causas infecciosas e parasitárias, impulsionadas pela covid-19, assumiram a vice liderança dos falecimentos, em 2020, com média de TM de 121,5 e em 2021 atingiram o topo das perdas precoces com 364,3. Em números absolutos, as causas circulatórias ceifaram em média 1.002 vidas prematuramente na série estudada. Quando se analisa a mortalidade cardiovascular, observa-se o predomínio das doenças isquêmicas cardíacas com 42,9% dos óbitos, enquanto as cerebrovasculares foram 25,1% do total. Ao estudar por sexo, a maior parte das mortes ocorreu em homens, com uma TM média de 139,2, contra 71,3 das mulheres. Houve este predomínio tanto nas doenças isquêmicas cardíacas com uma TM média de 67,9 e 23,7 nas mulheres, quanto nas doenças cerebrovasculares, com uma média de TM de 30,1 nos homens e 22,1 nas mulheres.  Conclusões Assim, as DCV têm importância pelo grande número de óbitos prematuros, sendo a maior parte por doenças isquêmicas cardíacas em homens. Estes dados auxiliam os poderes públicos no entendimento do processo de saúde e doença, podendo subsidiar políticas para a promoção do bem estar da sociedade.   

Palavras Chave

Mortalidade; Cardiovascular; prematura

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Pesquisador

Autores

FERNANDA TELES CECCON, GISELI APARECIDA RAGUGNETI DE GÓES, MICHELLE DE FÁTIMA TAVARES ALVES, ANA VALÉRIA DE ALMEIDA CARLI, DIEGO SPINOZA DOS SANTOS, JULIANO RIBEIRO, ALCIDES AUGUSTO SOUTO DE OLIVEIRA