41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Mortalidade por cardiopatia congênita em crianças menores de um ano no Sudeste do Brasil entre 2000 e 2022

Introdução e/ou Fundamento

Entre as malformações congênitas, as cardiopatias congênitas (CC) apresentam a maior mortalidade, logo necessitam de diagnóstico precoce para a instituição do tratamento.

Objetivo

Descrever a mortalidade por cardiopatia congênita em crianças menores de um ano na região Sudeste do Brasil entre 2000 e 2022.

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico a partir de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados os óbitos por malformações congênitas do aparelho circulatório em crianças menores de um ano, cuja causa básica foi classificada como um dos códigos entre Q20 e Q28 conforme a décima Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), na região Sudeste do Brasil, entre 2000 e 2022. As variáveis investigadas foram quantitativo de óbitos, taxa de mortalidade infantil (TMI), sexo, Unidades da Federação (UF) da região Sudeste (ES: Espírito Santo; MG: Minas Gerais; RJ: Rio de Janeiro; SP: São Paulo) e ano do óbito. A TMI foi calculada pela razão entre o número de óbitos por cardiopatia congênita em menores de um ano em determinado local e ano e o quantitativo total de nascidos vivos no mesmo local e ano. O resultado foi multiplicado por 1.000, tendo a proporção de óbitos para cada 1.000 nascidos vivos. Utilizou-se a estatística descritiva por meio da frequência absoluta e relativa, cuja preparação e organização ocorreram no Excel.

Resultados

Entre 2000 e 2022, foram registrados 27.672 óbitos por CC, em que 14.915 (53,90%) foram em SP; 5.990 (21,65%), em MG; 5.438 (19,65%), no RJ; e 1.329 (4,80%), no ES. Do total de óbitos, 14.814 (53,53%) foram identificados como ocorrência no sexo masculino. Segundo as UF, em 2000, as TMI (para cada 1.000 nascidos vivos) foram 1,17, em SP; 1,12, no RJ; 1,01, no ES; e 0,73, em MG. Entre 2000 e 2019, observou-se aumento de 59% da TMI em MG (0,73 para 1,16) e 10% no ES (1,01 para 1,11), porém diminuição de 11%, em SP (1,17 para 1,04). De 2019 para 2020, houve redução em todas as UF (1,16 para 1,02, em MG; 1,12 para 1,00, no RJ; 1,11 para 1,00, no ES; 1,04 para 0,95, em SP). Em 2022, as TMI foram 1,13, em MG; 1,08, no RJ; 1,06, em SP; e 0,89, no ES.

Conclusões

A maior proporção de óbitos por CC ocorreu em SP, seguida de MG e RJ. Em geral, notou-se aumento da TMI de 2000 a 2019, redução em 2020 e elevação novamente em 2022, o que sugere possível influência da pandemia de COVID-19 no diagnóstico e tratamento das CC no Sudeste do Brasil.

Palavras Chave

Mortalidade Infantil; Sistema Cardiovascular; Cardiopatias Congênitas.

Área

Epidemiologia

Categoria

Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)

Instituições

Universidade Estácio de Sá Città, UNESA Città - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Alexandre Akio Majima, Rafaella Lima Souza da Silva, Millena Pereira Riera, Artur Plaza de Souza, Mariana do Nascimento Silva, Gustavo Seiji Fukamati, Renan Geronimo Souza da Silva