Dados do Trabalho
Título
Associações clínicas da Bendopneia em uma coorte de pacientes com infecção prévia por COVID-19
Introdução e/ou Fundamento
A COVID-19 desafia a saúde pública global. A conexão com doenças cardiovasculares amplia riscos, ligando-se a complicações cardiovasculares. Identificar marcadores clínicos é crucial para guiar políticas de saúde no Sistema Único de Saúde.
Objetivo
Avaliar a prevalência da bendopneia em coorte de sobreviventes de COVID-19 atendidos em um Hospital Universitário e os fatores demográficos, clínicos e laboratoriais associados à manifestação clínica.
Materiais e Métodos
Dos 144 adultos consecutivos (39 homens) com PCR positivo para COVID-19 entre abril de 2020 e abril de 2022, foram excluídos os casos de insuficiência cardíaca, identificados em anamnese, com início anterior a pandemia. De maneira que a pesquisa de bendopneia se limitou a 57 pacientes. A avaliação foi feita por um operador experiente que realizou o teste através da ântero-flexão do tórax do paciente em posição sentada por mais de 30s. Casos com aumento da frequência respiratória e sensação de dispneia foram considerados positivos. Foi realizada análise univariada por teste chi-quadrado para variáveis categóricas e teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas. Em seguida, variáveis com valor de p<0.2 em univariada, passaram por regressão logística binária, em que a significância foi definida por valor de p<0.05
Resultados
: Foram identificados 8 casos positivos para bendopneia, caracterizando uma prevalência de 14,03%. Os achados clínicos de dispneia aos esforços, dispneia paroxística noturna, insuficiência cardíaca (NYHA) pós-covid apresentaram significância em sua associação com a Bendopneia (Tabela 1). No entanto, esta significância foi perdida em análise multivariada. Considerado signifcativo valor de p<0,05, DPN- Dispneia Paroxísitca Noturna, IC - Insuficiência Cardíaca Varíavel OR [IC 95%] Valor de p Dispneia aos esforços 3.30 [1.43, 6.29] 0.003 DPN 3.16 [1.26, 5.37 0.001 IC pós-Covid 2.68 [1.03, 4.52] 0.002
Conclusões
Nossa pesquisa revela uma prevalência de 14,03% de bendopneia em sobreviventes de COVID-19. Achados clínicos iniciais perderam significância em análise multivariada, destacando a complexidade da associação. A identificação precoce e abordagem integral desses casos são essenciais para orientar políticas de saúde e práticas clínicas.
Palavras Chave
Associações Clínicas; Bendopneia
Área
Cardiologia Clínica
Categoria
Pesquisador
Instituições
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Marcio Roberto Moraes de Carvalho, Rachel Vianna O’Neill de Souza, Guilherme Schittine Bezerra Schittine Bezerra , ALICE RAMOS SILVA , Natalia Fonseca do Rosário , Márcio Rogério Figueiras Filho, Jocemir Ronaldo Lugon, CLAUDIO TINOCO MESQUITA