Dados do Trabalho
Título
Saúde e escolaridade: um paralelo entre índices socioeconômicos e óbitos relacionados com hipertensão em mulheres
Introdução e/ou Fundamento
Uma das doenças crônicas mais importantes no mundo são as doenças cardiovasculares, tendo em vista a elevada prevalência e o grande impacto na vida dos pacientes. Um dos principais fatores de risco para o seu desenvolvimento é a hipertensão arterial sistêmica, índice que é influenciado por diversos fatores, como sexo e escolaridade. Logo, tendo em vista a elevada diversidade social brasileira, cabe analisar o impacto de tais determinantes.
Objetivo
Analisar o número de óbitos por hipertensão em mulheres de acordo com o nível de escolaridade no ano de 2022, no estado do Rio de Janeiro.
Materiais e Métodos
Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, de cunho quantitativo com análise dos dados das estatísticas vitais do Tabnet do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, no indicador de mortalidade desde 1996 pela CID-10, por meio da base de dados de mortalidade geral no estado do Rio de Janeiro. Foi utilizado o capítulo IX da CID-10, e selecionada a categoria I10, na categoria de hipertensão essencial. O conteúdo buscado foi o número de óbitos por ocorrência no ano de 2022. Para fazer a comparação dos indicadores do grupo de interesse, foi selecionado apenas o sexo feminino com idade maior que 20 anos. Em relação ao perfil de escolaridade foram selecionados todos parâmetros. Para observar o comportamento dos óbitos dos grupos em estudo, foi realizado o cálculo de mortalidade proporcional, tendo como denominador o total de óbitos dessas variáveis e como numerador o número de óbitos de cada nível de escolaridade individualmente.
Resultados
Em 2022, foram notificados 16,67 óbitos relacionados com a hipertensão do grupo em análise para cada 100.000 habitantes do estado do Rio de Janeiro. Os dados foram divididos de acordo com o nível de escolaridade, sendo que os índices mais expressivos foram dos grupos com apenas de 1 a 3 anos de escolaridade, com o valor de 36,49%; e o grupo com 4 a 7 anos de escolaridade, com 22,44%. Paralelo a esses dados, o grupo com 12 ou mais anos de estudo apresentou uma menor participação na porcentagem de óbitos relacionados com a hipertensão, representando apenas a proporção de 5,88% dos casos.
Conclusões
O delineamento do perfil epidemiológico dos casos de óbitos relacionados com hipertensão em mulheres maiores de 20 anos no estado do Rio de Janeiro confirma a influência de fatores socioeconômicos, como a escolaridade, nos índices de mortalidade. Portanto, tendo em vista a acentuada desigualdade social do Brasil, é importante maximizar os esforços que fortaleçam a educação.
Palavras Chave
escolaridade; desigualdade; hipertensão.
Área
Epidemiologia
Categoria
Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)
Instituições
Universidade Federal Fluminense(UFF) - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Lucas Miossi, Francisca Vitória Magalhães de Sousa, Aline D'Ávila Pereira