41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

´INSERÇÃO DOCENTE E DISCENTE NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO

Introdução e/ou Fundamento

As doenças cardiovasculares podem necessitar de intervenção cirúrgica. O fisioterapeuta é um dos profissionais que acompanham o paciente submetido à cirurgia cardíaca de forma longitudinal, em todas as fases da reabilitação cardiovascular.

Objetivo

Promover a inserção docente e discente no pré-operatório de cirurgia cardíaca através da construção de protocolos operacionais padrão (POP) em busca da interação paciente, profissional, gestão de serviço e academia, no Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. 

Materiais e Métodos

Trata-se de estudo observacional composto por sete etapas: elaboração de formulário anônimo contemplando as questões vivenciadas pelos fisioterapeutas; reunião para análise das respostas e organização do cronograma da educação continuada; capacitação teórica ministrada por um docente; reunião com a gestão de serviço e a elaboração dos POP; apresentação dos POP produzidos por alunos de graduação e docente; implementação das rotinas; e a devolutiva dos resultados qualitativos e quantitativos obtidos com a ação do POP.

Resultados

Na primeira etapa obtivemos 17 respostas dos profissionais (idade: 38,4±8,5 anos), com tempo de formado de 11,0±5,3 anos e 33% possuem especialização na área. Os profissionais descrevem que sua prática clínica é sustentada e 73% referem utilizar testes funcionais para avaliação e prognóstico. A maioria (83%) dos profissionais tinham interesse em utilizar POP no pré-operatório e 75% gostariam de estar engajados na construção. Quanto ao POP, o mesmo foi aplicado em 19 pacientes, sendo 16 (84%) do sexo masculino (idade 65,8±11,2 anos). Dentre os avaliados, 5 (26%) apresentaram obesidade, 9 (47%) diabetes mellitus e 14 (73%) hipertensão arterial sistêmica. Na estratificação de risco pré-exercício (AACVPR), 58% apresentaram baixo risco, 16% moderado e 26% alto risco. Acerca da fragilidade clínica, 58% (11) foram classificados como regulares e 5% (1) muito frágil. A respeito da avaliação funcional obtida através do índice de Barthel, foi observado independência para a maioria da amostra e apenas 10,5% apresentaram dependência moderada. Em relação ao Timed Up and Go (TUG) a média foi de 10,10±4,38 segundos, caracterizando risco moderado de quedas.

Conclusões

A educação permanente em saúde estabelece relações entre ensino, ações e serviços. Assim, o estudo toca na construção da práxis, propiciando ações docente e discentes em prol de aprendizado, oferecendo uma melhor assistência ao paciente, além da confecção de POP facilitando assim a rotina assistencial. 

Palavras Chave

fisioterapia cardiovascular; protocolo operacional padrão; tecnologia em saúde

Área

Fisioterapia

Instituições

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

João Pedro Souza, Stéphanie Raposo, Maria Victórya Sant Anna, Marianna Alexandre dos Santos:, Luciana Moisés Camilo, Tiago Batista da Costa Xavier, Ricardo Gaudio Almeida, Mauricio Sant Anna Junior