Dados do Trabalho

Título

Perfil cardiometabólico na prática cardiológica: relato de experiência

Introdução e/ou Fundamento

As doenças cardiometabólicas tem crescido em prevalência nas últimas décadas. A doença cardiovascular continua a causa mortis mais prevalente no Brasil e no mundo. A epidemia de obesidade, diabetes e de síndrome metabólica avança mundialmente retroalimentando a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Os fatores de risco para doenças cardiovasculares podem ser divididos em não modificáveis como idade, etnia e história familiar de doença cardiovascular ou em modificáveis como a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia e o tabagismo. Dieta e atividade física são protetoras para prevenção e tratamento de doenças crônicas, principalmente as cardiometabólicas. A implementação de uma rotina exequível de avaliação do perfil cardiometabólico na prática cardiológica pode mitigar os danos causados à população no longo prazo.

Objetivo

Avaliar a prevalência de fatores de risco cardiometabólico na população ambulatorial adulta em um hospital universitário de abrangência regional.

Materiais e Métodos

379 pacientes de 18 a 60 anos, voluntários, atendidos no ambulatório de cardiologia de um hospital universitário, entrevistados após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido. Utilizado um questionário com dados sócio demográficos, fatores de risco cardiovasculares e anamnese clínica. Realizado exame clínico com aferição da pressão arterial sistêmica e dados antropométricos (altura, peso corporal, circunferência da cintura, quadril e pescoço).Os dados foram analisados pelo SPSS v.23

Resultados

379 pacientes com idade média de 51,9 anos e predomínio do sexo feminino participaram do estudo. 70% da amostra tinha alguma alteração do peso corporal, sendo a média do IMC de 28,5 kg/m2. O sexo feminino apresentou maior índice de massa corporal e circunferência do quadril e prevalência de diabetes mellitus. Houve maior prevalência de hipertensão arterial sistêmica, uso abusivo de álcool, doença cardiovascular preexistente e circunferência do pescoço no sexo masculino. Um baixo percentual de tabagismo foi percebido em ambos os sexos.

Conclusões

Ferramentas de avaliação do risco cardiometabólico, de baixo custo e fácil execução, incorporadas a prática cardiológica podem auxiliar no tratamento e na prevenção primária e secundária da doença cardiovascular. O perfil cardiometabólico desta coorte regional reflete a gravidade do cenário atual.

Referências Bibliográficas (OPCIONAL)

Manual de promoção da saúde cardiovascular [livro eletrônico] Rio de Janeiro : Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, 2023. 

Palavras Chave

síndrome metabólica; Fatores de risco cardiovasculares; obesidade.