Dados do Trabalho

Título

PANORAMA NACIONAL DE INTERNAÇÕES PARA TRANSPLANTE DE CORAÇÃO

Introdução e/ou Fundamento

O transplante cardíaco (TC) surgiu como a principal alternativa terapêutica destinada a pacientes que enfrentam insuficiência cardíaca (IC) avançada, resistente às intervenções clínicas e cirúrgicas otimizadas. No Brasil, destaca-se um dos sistemas públicos de transplantes mais robustos globalmente, sendo que quase a totalidade desses procedimentos é conduzida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), figurando uma das trinta terapias mais dispendiosas disponíveis à população brasileira. O país, atualmente, ocupa posição de destaque na América Latina, sendo reconhecido como referência no transplante de coração, particularmente no contexto da doença de Chagas.

Objetivo

Analisar o panorama das internações para transplante de coração, no Brasil, no período de 2018 a 2023.

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico, transversal, retrospectivo e descritivo, baseado em informações disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Único de Saúde sobre transplante de coração. Foram analisados os dados de taxa de mortalidade, óbitos, internações, valor total, a incidência por regiões e as variáveis sociodemográficas.

Resultados

Foram identificadas 1.786 internações no período da coleta em todo o território nacional, com destaque para o ano de 2019 com 18,64% das internações, associado ao maior gasto total registrado, atingindo R$ 19.170.447,01 reais. A permanência média de 16,2 dias e o custo médio de R$ 57.329,76, o estado do Rio de Janeiro foi o que apresentou maior período de internação 42,3 dias, já o estado de Santa Catarina apresentou os maiores gastos de internação por paciente R$ 63.154,72 reais. A taxa de mortalidade foi de 10,75. Houve predomínio do sexo masculino 52,6% e da raça/cor autodeclarada branca 36,3%, quanto à faixa etária, verificou-se maior hospitalização em indivíduos com 40 a 49 anos de idade 21,1%. A região Sudeste realiza a maior parte dos TC 55,15%, seguida pela região Nordeste 21,05% e pela região Sul 14,05%. Não houve registros dos dados da região Norte.

Conclusões

Este estudo visou analisar dados estatísticos sobre transplantes cardíacos, incluindo custos e características demográficas dos pacientes. Os resultados poderão ser utilizados para fornecer insights valiosos para gestão e planejamento estratégico, direcionando esforços para aprimorar a eficiência do sistema de saúde. Isso inclui melhorias na disponibilidade de órgãos e capacitação dos profissionais, visando aumentar a eficácia e segurança dos transplantes cardíacos.

Palavras Chave

Transplante de Coração.; Epidemiologia.; Cardiologia.