Dados do Trabalho
Título
CENÁRIO NACIONAL DAS HOSPITALIZAÇÕES DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Introdução e/ou Fundamento
As doenças cardiovasculares (DCV) destacam-se como uma das principais razões para a morbimortalidade, contribuindo com 31% do total de óbitos globalmente. Essas condições resultam em complicações, incapacidades substanciais e uma diminuição na produtividade, representando um ônus significativo para o sistema de saúde. Conforme informações recentes fornecidas no relatório da Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 17,9 milhões de pessoas morrem anualmente devido a DCV. No Brasil, entre as diversas condições cardiovasculares, o Infarto agudo do miocárdio (IAM) emerge como a principal responsável pela mortalidade, ocupando a posição de liderança entre as causas de óbito no país.
Objetivo
Analisar o perfil das internações por Infarto agudo do miocárdio no Brasil, no período de 2019 a 2023.
Materiais e Métodos
Trata-se de um estudo ecológico, transversal, retrospectivo e descritivo, baseado em informações disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Único de Saúde sobre Infarto agudo do miocárdio. Foram analisados os dados de taxa de mortalidade, óbitos, internações, valor total e as variáveis sociodemográficas.
Resultados
Foram notificadas no período do estudo 721.663 internações, com destaque para o ano de 2022 com 22,7%. A amostra era formada em sua maioria pelo sexo masculino (63,6%), com raça/cor autodeclarada branca 40,47%, quanto à faixa etária, verificou-se maior hospitalização em indivíduos com 60 a 69 anos de idade 31,25%. Em relação aos custos o ano de 2023 apresentou o maior gasto total registrado, atingindo R$ 752.470.936,10 reais. A permanência média total foi de 7 dias e o custo médio de R$ 4.286,81 reais. A região Sudeste apresentou o maior número de internações 48,76%, seguida pela região Nordeste 19,55% e pela região Sul 19%. A taxa de mortalidade nacional foi de 9,22, sendo maior na faixa etária de 80 anos a mais 21,57%. A região Nordeste apresentou a maior taxa de mortalidade 10,69, seguida pela região Norte 9,77 e pela região Sudeste 9,09.
Conclusões
Com base nos resultados, pode-se deduzir que o infarto agudo do miocárdio é mais comum entre homens e pessoas brancas. A taxa de mortalidade associada a essa condição é maior em indivíduos com 80 anos de idade ou mais. Desta forma destaca-se a importância fundamental da promoção e prevenção de saúde, visando a redução desse evento, visto que a maioria dos fatores de risco associados ao IAM são evitáveis como o tabagismo, níveis elevados de colesterol, hipertensão e diabetes.
Palavras Chave
Cardiologia.; Epidemiologia.; Infarto agudo do miocárdio.
Área
Epidemiologia
Categoria
Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)
Instituições
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO UFJF- EBSERH/UFJF - Minas Gerais - Brasil, UNIVERSIDADE DE VASSOURAS - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
WYLISSON MARCELO ALMEIDA LINS, JAYDA EIRAS RAMIM LINS, BÁRBARA VARGAS DE OLIVEIRA MEDEIROS