Dados do Trabalho
Título
O POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO DA COLCHICINA EM DOENÇAS CORONARIANAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Introdução e/ou Fundamento
O incremento da longevidade trouxe consigo o aumento das incapacidades por doenças crônicas como as doenças coronarianas, mantendo as doenças cardiovasculares (DCV) como as principais causas de morbimortalidade do mundo. Nesse contexto, um importante vilão é a aterosclerose, fator desencadeante de uma cascata inflamatória que culmina em morte celular. Nas últimas décadas, vem sido estudado mecanismos que reduzam os danos celulares decorrentes do processo inflamatório e previnam a formação e progressão de placas de ateroma, gênese das doenças DCV. Sendo assim, alguns fármacos tem sido testados, porém a colchicina, um anti-inflamatório utilizado inicialmente para o tratamento de artrite gotosa e da febre do Mediterrâneo, vem se mostrando promissora.
Objetivo
O objetivo desse resumo foi avaliar a ação da colchicina no processo inflamatório das doenças ateroscleróticas como Infarto Agudo do Miocárdico (IAM), Síndrome coronariana crônica (SCC) e na prevenção dos desfechos fatais e não fatais nessas patologias.
Materiais e Métodos
Para a realização desse estudo foram levados em consideração os bancos de dados PubMed, Cochrane library e portal regional da biblioteca virtual em saúde utilizando os descritores de saúde “atherosclerosis”, “colchicine” e “cardiovascular prevention”, com o operador booleano AND. Os critérios de inclusão abrangiam artigos em língua inglesa, publicados nos últimos dez anos (2013-2023) que se encaixassem em estudos clínicos controlados ou observacionais. Os critérios de exclusão foram publicações que não estivessem em concordância com o assunto ou duplicadas. Após a aplicação dos filtros e leitura dos artigos, mantiveram-se pertinentes 8 artigos.
Resultados
Todos esses artigos foram unânimes na avaliação benéfica da colchicina no contexto anti-inflamatório das doenças cardiovasculares. Isso ocorre porque o medicamento atua em nível molecular, inibindo a polimerização da tubulina, reduzindo a adesão celular, diminuindo a liberação de citocinas pró-inflamatórias e inibindo o inflamassoma NLRP3, que está intimamente ligado aos danos celulares.
Conclusões
Em resumo, a colchicina em baixas doses, conforme descrito nos estudos, apresentou uma melhora significativa nas placas coronarianas. No entanto, em alguns artigos, ainda não há comprovação de que a modificação favorável das placas seja sustentada a longo prazo.
Palavras Chave
Aterogênese
Área
Cardiologia Clínica
Categoria
Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)
Instituições
Universidade de Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Laís de Souza Rodrigues, Pedro Ivy Venâncio Camara Esteves, Arthur Soares Passos, Nathan Valim Rodrigues, Luiz Eduardo Ferreira Mazzanti, Ivana Borges Picone de Aragão, Maria Aparecida de Almeida Souza Rodrigues