41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Papel do Heart Team na condução do Choque Cardiogênico e Infarto Agudo do Miocárdio

Introdução e/ou Fundamento

INTRODUÇÃO: IAMCSSST evoluindo com choque cardiogênico apresenta elevada morbimortalidade. Reperfusão precoce é pilar crucial. Apresentamos dilemas do dia-a-dia do cardiointensivista e o importante papel do Heart Team (HT).

Relato do Caso (Descrição Objetiva do Caso)

RELATO DE CASO:   Paciente masculino, 51 anos, com histórico de HAS, DM, ex-tabagista, atendido com quadro de IAMCSSST de parede anterior, trombolisado, com evolução inicial em Killip I. Transferido para cateterismo cardíaco (CATE), e identificada doença coronariana multiarterial, com acometimento do tronco de coronária esquerda (TCE) grave distal e descendente anterior (DA) grave proximal com placa ulcerada, e disfunção moderada do ventrículo esquerdo (VE), tendo então perspectiva de abordagem cirúrgica. No entanto, um dia após o CATE, paciente apresenta edema agudo de pulmão cardiogênico e delirium, evoluindo com sinais de baixo débito cardíaco e hipoperfusão tecidual (Killip IV). Ecocardiograma (ECO) descartou complicações mecânicas. Iniciado inotrópico e rediscutido estratégia de revascularização, tendo em vista evolução em curso de choque cardiogênico estágio C (‘’clássico’’). Em HT, decidiu-se por tratamento da lesão culpada (TCE + DA). Realizada complexa angioplastia com sucesso, com uso de balão intra-aórtico (BIA) para suporte circulatório mecânico. Apresentou importante resposta inflamatória (SIRS), taquicardia sinusal, vasoplegia, com necessidade de associar vasopressores. Nos dias subsequentes, houve desmame gradual do suporte, sendo retirado o BIA cinco dias após. Introduziu-se vasodilatadores orais e betabloqueador. ECO de controle demonstrou melhora da função do VE. Paciente recebeu alta, mantendo seguimento ambulatorial.

Discussão

DISCUSSÃO: Decisão terapêutica inicial foi cirurgia de revascularização miocárdica, contudo a grande área isquêmica em sofrimento do VE e choque tornaram urgente o procedimento. Dada a presença de dupla antiagregação plaquetária e deterioração clínica, foi decidido pelo procedimento percutâneo, em uma anatomia complexa e de riscos maiores. Focou-se no tratamento do território culpado pela isquemia aguda, pilar essencial para a reversão do quadro de choque, além do destaque da terapia de suporte com inotrópico, BIA e vasopressores. Ressalta-se que a vasoplegia pode prejudicar o funcionamento do BIA, necessitando de expertise na sua manipulação e interpretação das curvas. A atuação decisiva do HT contribuiu para o desfecho favorável.

Palavras Chave

Infarto agudo do miocárdio.; Choque cardiogênico.; Angioplastia coronária transluminal percutânea.

Área

Doença Coronária

Categoria

Pesquisador

Instituições

INSTITUTO ESTADUAL DE CARDIOLOGIA ALOYSIO DE CASTRO (IECAC) - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

BRUNO GONÇALVES GARCIA, Lucas Vital Mello Lopes, Aline Sterque Villacorta, Gabriela Maria Gonçalves Azevedo, Patricia Costa de Almeida, Rodrigo de Franco Cardoso, Edgard Freitas Quintella, Márcia Barbosa de Freitas