41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Estratificação de risco no IAM pelo ECG: o temido padrão

Introdução e/ou Fundamento

A doença cardiovascular segue como uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, de forma que não somente o seu diagnóstico e tratamento precoces constituem aspectos destacados nessa patologia, mas necessitamos o quanto antes, classificar individualmente o risco de cada paciente. Nesse caso, descrevemos apresentação de síndrome coronariana aguda, onde chamamos atenção para o eletrocardiograma isolado como potente marcador de prognóstico, mediante determinada alteração específica.  

Relato do Caso (Descrição Objetiva do Caso)

Paciente masculino, 50 anos, obesidade grau II, HAS há cerca de 10 anos, DM2 há cerca de 5 anos, em uso de hipoglicemiante oral, dislipidemia sem tratamento, tabagista corrente 32 maços/ano, admitido na emergência com dor torácica em aperto iniciada há 3 dias, sem irradiação, acompanhada de sudorese profusa e dispneia, com piora bem-marcada cerca de 1 hora e meia antes do atendimento.  Ao exame físico: FC  95 bpm  FR 24 irpm  PA 200 x 120 mmHg  TAx 36°  SPO2 96% AA Corado, acianótico, taquipneia, ansioso e sudoreico. Ausência TJP RCR, B3? BNF, sem sopros  MV + com estertoração crepitante em bases bilateralmente Abdome obeso, flácido, indolor e peristáltico MMII sem edemas e panturrilhas sem empastamentos Realizou ECG imediatamente ( PORTA-ECG 3 min),  que evidenciou supradesnivelamento do segmento ST em parede anterior extensa cerca de 10 mm, bem como extrassistolia frequente (em anexo). Feito AAS 300mg via oral, iniciado nitroglicerina venosa, solicitado Rx tórax e acionado equipe de hemodinâmica para coronariografia de emergência visando angioplastia primária.  Evolui com dessaturação cerca de 10 min após a chegada, sendo iniciado suplementação de O2, seguido de VNI. Mantendo dor torácica e piora padrão ventilatório, sendo intubado em sequência rápida sem dificuldades técnicas. Após intubação, bradicardia progressiva e instabilidade hemodinâmica severa culminando com PCR em assistolia sendo submetido a manobras de RCP por 39 min e sem sucesso no retorno da circulação espontânea. 

Discussão

O ECG constitui exame complementar chave no diagnóstico e estratificação de risco das síndromes coronarianas agudas. Seu poder de diagnóstico e reclassificação de risco imediato, de forma não invasiva e rápida, guia parte importante da estratégia de tratamento. A alteração eletrocardiográfica de "supra ST  em lápide",  geralmente se refere a oclusão proximal de artéria descendente anterior, grande massa de miocárdio envolvida, alto risco de choque cardiogênico e morte, embora já tenha sido descrita em outros cenários clínicos.

Palavras Chave

ECG; tombstone; estratificação risco

Área

Doença Coronária

Categoria

Pesquisador

Instituições

Hospital Caxias Dor - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Bruno Azevedo da Cruz, Ana Carolina Barbosa Caudet, Júlia Henrique Costa, Lais Lopes Pires, Thiago Alexandre Ferreira Pires, Ludmilla da Rocha Freitas Vietas, William César da Silva Fiorott, William Menegucci