41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Fragmento de portocath localizado em artéria pulmonar

Introdução e/ou Fundamento

O Port-a-Cath é um tipo de cateter “porta”, que fica integralmente implantado, o qual passa pela veia cateterizada e se acopla a um reservatório subcutâneo, facilitando a infusão de quimioterápicos nos casos indicados. Dentre as complicações relacionadas a ele, encontram-se aquelas inerentes ao procedimento de colocação e aquelas resultantes de alterações da estrutura do dispositivo, como a fratura do material. Essa pode se dar devido à desconexão de seu respectivo reservatório ou fragmentação do cateter.

Relato do Caso (Descrição Objetiva do Caso)

Homem, 30 anos, diagnosticado com neoplasia de cólon após quadro de obstrução intestinal, submetido à colectomia e quimioterapia adjuvante, sem intercorrências imediatas. Refere dor em região cervical recorrente, sendo o primeiro episódio após atividade física de resistência em membros superiores, após 3 meses da colocação de portocath em veia subclávia direita, de material poliuretano e plástico resistente coberto por um septo de silicone. Foi avaliado por oncologista que indicou retirada do dispositivo devido término de quimioterapia. Durante o procedimento cirúrgico para a retirada do dispositivo, foi evidenciada ausência de seguimento final do cateter devido a fragmentação do dispositivo.O paciente foi encaminhado para o setor de cardiologia intervencionista para retirada do mesmo. Através de punção de veia femoral direita foi introduzido laço Snare para captura do corpo estranho em veia cava superior (localização mais provável) sem sucesso. Optou-se então por realização de angiotomografia de tórax para localização pormenorizada do corpo estranho que foi localizado em ramo posterior da artéria pulmonar direita inferior. Optou-se então por nova tentativa de retirada através de punção de veia femoral direita, avançando um catéter JR4 pela veia cava inferior, cateterizamos o átrio direito, cruzamos a válvula atingindo o ventrículo direito e após atingimos a artéria pulmonar direita. Realizamos arteriografia pulmonar direita, localizando o corpo estranho e procedemos com a retirada com auxílio de laço Snare sem complicações.

Discussão

Apesar de rara a complicação relacionada à fratura de cateter, descrita no caso acima, é de grande relevância que existam mais estudos para relacionar a incidência das complicações mecânicas com o material do portocath e a técnica utilizada para punção, além de outras variáveis.

Referências Bibliográficas (OPCIONAL)

https://www.scielo.br/j/jvb/a/hHcgR6bgPdffvg7rtssf9ys/?format=pdf https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5829734/

Palavras Chave

Câncer; Pós-operatório; Hemodinâmica; Quimioterapia Adjuvante

Área

Cardiologia Intervencionista

Categoria

Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Giuseppe Morales Gentilini, Alan Castro D'Avila, Bernardo Balsan Camillo, Carolina Martínez Teixeira, Renato Bastiani Guimarães, Arthur Koch Paulino, Joel Soares Dahne, João Pedro Soares Medeiros