Dados do Trabalho

Título

INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ENTRE ADULTOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DE 2013 A 2023

Introdução e/ou Fundamento

Introdução: Insuficiência Cardíaca (IC) é síndrome clínica que advém de alterações na estrutura ou função cardíaca, que levam o coração a ser incapaz de produzir débito cardíaco apto a atender às demandas metabólicas teciduais - ou o faz à custa de elevadas pressões de enchimento. A sintomatologia típica pode resultar de congestão e edema, consequentes à elevação da pressão arterial pulmonar e venosa sistêmica. Considerada doença grave, a sobrevida após 5 anos do diagnóstico pode alcançar apenas 35% dos pacientes. A prevalência da doença no Brasil excede 2 milhões de pessoas, com incidência de cerca de 240.000 casos por ano, o que evidencia a necessidade de estudar a agudização da doença com consequente hospitalização.

Objetivo

Objetivo: Analisar as taxas de internações por IC entre adultos, de 2013 a 2023, no estado Rio de Janeiro, a fim de criar hipóteses sobre as flutuações no número de casos de hospitalizações.

Materiais e Métodos

Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, a partir de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), através da plataforma DataSus. As variáveis adotadas foram adultos de 20 a 59 anos, internados por IC no RJ, entre 2013 e 2023.  

Resultados

Resultados: Entre 2013 e 2023, o total de adultos hospitalizados por IC foi de 40.855. Destaca-se que 63,5% das internações ocorreram de 2013 a 2018. De 2019 a 2023, registrou-se 36,4%, o que evidencia diminuição nessas taxas. Apesar desse decréscimo, houve aumento de 48,7% de internações entre os anos de 2020 e 2022. Sobre este, é preciso considerar a influência da pandemia de COVID-19, já que os sintomas da doença podem mimetizar a descompensação da IC. Assim, é possível que o acréscimo no número de casos de internação tenha a interferência deste fator. Pontua-se que as internações hospitalares por IC aguda descompensada representam fator de risco importante para a mortalidade e para re-hospitalizações recorrentes. A cada episódio, o prognóstico piora, e cerca de 50% dos pacientes que recebem alta são readmitidos nos 12 meses seguintes.

Conclusões

Conclusão: A tabela evidencia redução nas internações por IC, um padrão que é interrompido de 2020 a 2022. Observa-se a influência do contexto sócio-espacial da saúde, como o cenário de pandemia, que dificultou o diagnóstico da doença, assim como o seu controle. Destaca-se, por fim, a importância do acompanhamento da cardiopatia.

Palavras Chave

insuficiência cardíaca e saúde pública; Internações; Rio de Janeiro