41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Avaliação epidemiológica dos óbitos por infarto agudo do miocárdio no estado do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana II

Introdução e/ou Fundamento

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a apresentação clínica mais grave da doença arterial coronariana, sendo a principal causa de morte no mundo. No Brasil, foram registradas 93 mil admissões hospitalares por IAM em 2022, evidenciando um importante problema de saúde pública. O estado do Rio de Janeiro (RJ) e a Região Metropolitana II (RM II) da capital, composta pelos municípios de Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá, não estão imunes a essa realidade, sendo fundamental a análise epidemiológica do perfil dos óbitos por IAM, a fim de traçar políticas públicas eficazes para essa população.

Objetivo

Analisar o perfil dos óbitos por IAM em relação à faixa etária, cor/raça, escolaridade e sexo no estado do RJ e RM II.  

Materiais e Métodos

Trata-se de estudo observacional, retrospectivo e descritivo nos períodos de 2010 - 2021. Dados disponíveis no DATASUS.

Resultados

Nesta análise, observa-se que mais de 70% dos óbitos por IAM ocorrem em pessoas com mais de 60 anos, tanto no RJ quanto na RM II. A população branca apresentou o maior índice de mortalidade por IAM, enquanto a população negra teve um aumento contínuo ao longo dos anos em ambas as regiões. Embora o número absoluto de óbitos seja maior no sexo masculino nas duas regiões, a taxa de mortalidade feminina é maior. No RJ, a maioria dos óbitos ocorreu em pessoas com até 3 anos de escolaridade, enquanto na RM II, esse grupo representou 40,10% dos óbitos, e no RJ, 36,59%. A taxa de mortalidade proporcional no RJ variou de 7,58 a 8,16 entre 2010 e 2019, com uma queda para 5,22 e 5,29 em 2020 e 2021, respectivamente, durante a pandemia de COVID-19. Na RM II, houve discrepâncias na taxa de mortalidade proporcional, especialmente entre 2013 e 2016, quando o IAM foi responsável por mais de 10% dos óbitos. O risco de morte por IAM foi maior na RM II.

Conclusões

Ressalta-se a necessidade de políticas públicas para prevenir o IAM no RJ e na RM II, especialmente para a faixa etária acima de 60 anos. Disparidades raciais também são evidenciadas, com mais óbitos entre a população branca e aumento entre a população negra. A alta taxa de mortalidade proporcional na RM II destaca a importância de considerar fatores regionais, demográficos e sociais na formulação de políticas de saúde.

Referências Bibliográficas (OPCIONAL)

     

Palavras Chave

Rio de Janeiro; região metropolitana 2; óbitos por IAM

Área

Doença Coronária

Categoria

Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Vinícius Ramos Oliveira, Rogério Martins Oliveira, Jenaine Rosa Godinho Emiliano, Wender Emiliano Soares, Amanda Maria Sousa Felix, Pérola Figueiredo Veríssimo, Felippe Gustavo Costa Manhães Siqueira, Henrique Thadeu Periard Mussi