41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Tendências de Mortalidade por Doença Pericárdica no Brasil de 2000 a 2022: Uma Análise Detalhada de Joinpoint

Introdução e/ou Fundamento

As doenças pericárdicas podem se apresentar na prática clínica na forma de pericardite aguda, pericardite constritiva, derrame pericárdico e tamponamento cardíaco, sendo a pericardite aguda a mais comum. Observou-se que as doenças pericárdicas desempenham um papel substancial no aumento da mortalidade. Assim, o principal objetivo deste artigo é descobrir as tendências das taxas de mortalidade entre a população brasileira com base na idade e no sexo.

Objetivo

investigar e comparar as tendências de mortalidade por doenças pericárdicas no Brasil de 2000 a 2022

Materiais e Métodos

Este é um estudo de séries temporais das taxas de mortalidade por doenças pericárdicas no Brasil (2000-2022). Os dados foram obtidos do DATASUS usando os códigos CID-10: I30, I31 e I32. As informações demográficas e populacionais baseadas em faixa etária e sexo foram obtidas do IBGE. Calculou-se a taxa de mortalidade padronizada por idade (por 100.000) e as mudanças percentuais anuais (APCs) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (CIs) empregando regressão de Joinpoint.

Resultados

As taxas de mortalidade gerais para homens, mulheres, e ambos, foram estáveis durante todo o período, exceto para as mulheres, que tiveram um aumento significativo na taxa de mortalidade (AAPC=1,18). As mulheres testemunharam o maior aumento significativo na mortalidade no período de 2020 a 2022, com um APC=27,55. A análise das doenças pericárdicas com base na idade envolveu adultos com idades entre 20 e 80 anos, e a mortalidade geral foi observada como significativamente aumentada nos grupos etários de 70-79 e 80 anos e acima durante todo o período (AAPC = 1,0339 e AAPC=3,4587, respectivamente). No período de 2020-2022, esses dois grupos mostraram o maior aumento significativo na mortalidade. Outros grupos mostraram uma mudança não significativa no AAPC.

Conclusões

As taxas de mortalidade para homens e mulheres, principalmente na população idosa, testemunharam um aumento, atribuível a doenças infecciosas como tuberculose (TB), principalmente associadas ao HIV/AIDS, e a febre da dengue. No entanto, as mudanças foram mais significativas no grupo feminino. Grupos etários mais velhos mostraram aumento significativo na mortalidade, especialmente no período de 2020-2022, o que é em grande parte atribuído à pandemia de COVID-19. Os resultados deste estudo destacam a necessidade de melhoria nos equipamentos de diagnóstico, diretrizes e preparação para futuras endemias para controlar as taxas de mortalidade devido à doenças pericárdicas em grupos mais suscetíveis.

Palavras Chave

Taxa de mortalidade; Doenças pericardicas; Pericardite Aguda

Área

Epidemiologia

Categoria

Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)

Instituições

Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Billy McBenedict, Yusuf Ali Ahmed Abdulla Ahmed, Reem Reda Elmahdi, Walaa Hasan Mulla Ahmed Yusuf, José Geraldo Medeiros Netto, Gabriella Valentim , Ana Abrahão, Evandro Tinoco Mesquita