Dados do Trabalho
Título
Indicadores de qualidade assistencial no tratamento hospitalar do infarto agudo do miocárdio.
Introdução e/ou Fundamento
Fundamento: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma doença prevalente e com alta morbidade e mortalidade. O monitoramento de indicadores de qualidade assistencial possibilita o reconhecimento de fragilidades no cuidado e a construção de planos de ação para melhoria. Dentre esses indicadores destacam-se o tempo porta eletrocardiograma, as taxas de utilização dos fármacos modificadores de sobrevida na alta hospitalar e o tempo de internação hospitalar.
Objetivo
Objetivos: Avaliar a taxa de utilização de fármacos modificadores de sobrevivência (AAS, inibidores da P2Y12, betabloqueadores, estatinas e iECA ou BRA – este último na presença de disfunção ventricular) na assistência intra-hospitalar de pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM), com e sem supradesnivelamento do segmento ST. Avaliar a mediano do tempo decorrido entre a chegada ao hospital e a realização do eletrocardiohgrama e o tempo de internação hospitalar.
Materiais e Métodos
Material e Métodos: Realizou-se um estudo observacional retrospectivo de uma coorte de 698 pacientes internados com diagnóstico confirmado de IAM, entre janeiro de 2018 e janeiro de 2024. Os dados foram coletados por uma equipe de profissionais de saúde treinados, ainda durante a internação e analisados utilizando o software SPSS.
Resultados
Resultados: A maioria dos pacientes foi diagnosticada com IAM com supradesnivelamento do segmento ST (72,3%). A mediana do tempo entre a chegada do paciente à unidade de emergência e a realização do eletrocardiograma foi de 7 minutos. As taxas de utilização dos medicamentos na alta hospitalar na população geral foram: AAS=98,38%, estatinas=95,3%, betabloqueadores=85,2%, inibidores da P2Y12=98,5%, iECA ou BRA em pacientes com disfunção ventricular=100%. A mediana do tempo de internação foi de 5 dias.
Conclusões
Conclusões: As taxas de utilização de AAS, inibidores da P2Y12, iECA ou BRA e estatina estão em conformidade com as metas estabelecidas. No entanto, a utilização de betabloqueadores mostrou-se abaixo do esperado (<90%). A mediana do tempo entre a chegada do paciente e a realização do eletrocardiograma esteve dentro do recomendado (<10 minutos), assim como a mediana do tempo de internação (<5 dias). O reconhecimento desses indicadores abre caminho para o desenvolvimento de estratégias que visem melhorar a qualidade do cuidado
Palavras Chave
doença arterial coronariana; Qualidade
Área
Enfermagem
Instituições
Pró-Cardíaco - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Luciana Reis, Daniel Xavier de Brito Setta, Fabíola Alves Traverso Da Motta, Sonia Cristina Rodrigues Simões