Dados do Trabalho

Título

Hospitalizações devido à insuficiência cardíaca entre 2014 e 2023

Introdução e/ou Fundamento

A insuficiência cardíaca (IC) resulta da incapacidade do coração em bombear sangue adequadamente, manifestando-se pela redução do débito cardíaco e/ou elevadas pressões de enchimento, tanto em repouso quanto no esforço. Pode ser crônica ou aguda, ocorrendo em situações de baixo débito ou em casos de alto débito. A IC ocorre por uma anormalidade  sistólica, com redução do volume sistólico, ou diastólica, com defeitos no enchimento ventricular.

Objetivo

Analisar o comportamento das internações devido à insuficiência cardíaca no estado do Rio de Janeiro no período de 2014 a 2023.

Materiais e Métodos

Realizou-se um estudo transversal descritivo, conduzido com dados coletados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/DATASUS), por número de internações por insuficiência cardíaca, de 2014 a 2023, no estado do Rio de Janeiro. No filtro, foi inserido o ano de processamento, sexo, faixa etária, região metropolitana, regime e caráter de atendimento. Além disso, utilizou-se a média de permanência hospitalar por regime, faixa etária e caráter de atendimento e, ainda, aplicou-se óbitos devido à IC por ano de processamento e faixa etária.

Resultados

De 2014 a 2023 houveram 112855 internações por IC no estado do Rio de Janeiro, com queda de 2015 (N=13911) a 2020 (N=8177) e aumento de 2020 a 2023 (N= 12673). A faixa etária de 50 a 79 anos representou 70,83% das internações. Ademais, a região metropolitana correspondeu a 56,68% dos casos, regime de urgência a 87,42%, comparado ao eletivo e o sexo predominante nas internações foi o masculino (55,32%). No regime público, a média de permanência hospitalar é 122,4% superior ao regime privado. Crianças com idades entre 0 e 14 anos tendem a permanecer mais tempo internadas (N= 12,4). Internações eletivas apresentam média 69% maior do que as urgentes. Quanto aos óbitos por insuficiência cardíaca (IC), o período compreendido entre 2021 e 2023 registrou o maior número de casos fatais. Destaca-se também que a incidência de óbitos aumenta consideravelmente a partir dos 50 anos de idade.  

Conclusões

Conclui-se que ocorreu um aumento no número de internações por insuficiência cardíaca (IC) entre 2020 e 2023, após um período de 5 anos consecutivos de decréscimo. Observou-se, também, um aumento de óbitos por IC de 2021 a 2023 e que as internações ocorridas no regime público demonstraram uma média de tempo de permanência significativamente maior que no regime privado.

Referências Bibliográficas (OPCIONAL)

 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 111, p. 436–539, set. 2018.     

Palavras Chave

hospitalizações; disfunção cardíaca.