Dados do Trabalho
Título
Perfil de transtornos emocionais e risco cardiovascular em uma população de adultos registrada em uma unidade de ESF no centro do Rio de Janeiro.
Introdução e/ou Fundamento
Além dos fatores de risco cardiovascular (CV) tradicionais, novos fatores de risco vêm sendo estudados, dentre eles os transtornos emocionais como depressão e ansiedade que parecem influenciar diretamente na incidência dos eventos CV, expectativa de vida e taxa de mortalidade.
Objetivo
Investigar a associação entre ansiedade e depressão e sua associação com o risco CV de um população de adultos jovens residentes no centro do município do Rio de Janeiro.
Materiais e Métodos
Estudo transversal populacional que incluiu adultos jovens entre 20 e 50 anos residentes na área de abrangência de uma unidade da Estratégia Saúde da Família no centro do município do Rio de Janeiro. Foram registrados os dados sociodemográficos, fatores de risco cardiovascular (CV), aferição da PA e avaliação da saúde mental. Para os sintomas depressivos foi utilizado o Pacient Health Questionnarie-9 (PHQ-9) (depressão moderada/grave(m/g):≥10 pontos) e para ansiedade o Transtorno de Ansiedade Geral-7 (GAD-7) (ansiedade moderada/grave:≥10 pontos). Foram realizadas análises bivariadas comparando as características dos participantes de acordo com a presença de ansiedade e depressão em diferentes graus.
Resultados
Resultados: Foram incluidos 145 participantes (65% mulheres, idade média 38,0 ± 8,6 anos). Pretos e pardos compreendem 27% da amostra. Um total de 28 indivíduos (19%) têm baixa escolaridade e 26 (18%) não têm ocupação laboral, em especial as mulheres (24,5% vs 5,9%). Sedentarismo (50%), obesidade (29%), dislipidemia (23%) e hipertensão (19%) foram os fatores de risco mais prevalentes. As mulheres apresentaram uma pontuação significativamente maior do que os homens tanto no questionário de rastreio de depressão quanto no de ansiedade. Indivíduos com ansiedade moderada/grave tinham maior prevalência de falta de ocupação laboral (26% vs 11%), sedentarismo (60% vs 41,3%), hipertensão arterial (28% vs 13%) e depressão moderada/grave (77% vs 11%). Por sua vez aqueles com depressão moderada/grave são mais sedentários (59% vs 43%), hipertensão arterial (29% vs 13%) e ansiedade moderada/grave (85% vs 17%).
Conclusões
Conclusão: A presença dos sintomas de depressão e ansiedade é maior entre as mulheres e associaram-se entre si e com hipertensão arterial e sedentarismo.
Palavras Chave
Depressão; atenção básica
Área
Outros
Categoria
Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)
Instituições
IDOMED - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Victória Fidalgo de Souza, Livia Lopes Monteiro Lopes Monteiro Barros Junqueira, Luísa Leite Leite Vaz da Silva, Daniela Fiuza Gomes Monteiro, Elizabeth Silaid Muxfeldt, Tamires Bombetti Fonseca de Bem