Dados do Trabalho
Título
A Influência dos Determinantes Sociais e Políticas Públicas na Mortalidade por Doenças Cardiovasculares no Brasil (1980-2019)
Introdução e/ou Fundamento
x
Objetivo
Investigar o impacto dos determinantes sociais da saúde e das políticas públicas sobre as tendências de mortalidade por doenças cardiovasculares, especificamente Doença Arterial Coronariana (DAC) e Doença Isquêmica do Coração (DIC), no Brasil entre 1980 e 2019, com ênfase nas variações regionais.
Materiais e Métodos
Análise longitudinal dos dados de mortalidade por DAC e DIC no Brasil, correlacionando as taxas de mortalidade padronizadas por idade com indicadores de desenvolvimento social, como o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), em um período de quatro décadas. Utilizamos métodos estatísticos para examinar as diferenças regionais e a associação entre os determinantes sociais, as políticas públicas de saúde e as taxas de mortalidade.
Resultados
O estudo identificou um total de 14.100.832 óbitos por DAC e DIC no período, com uma tendência nacional de redução nas taxas de mortalidade, de aproximadamente 52,1% para DAC e 44,5% para DIC. A análise regional revelou diferenças significativas: enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentaram declínios substanciais, o Norte, Centro-Oeste e Nordeste variaram de estabilidade a aumento nas taxas. Observou-se uma correlação inversamente proporcional significativa entre as taxas de mortalidade e o IDHM (r=0,89 para DAC e r=0,84 para DIC) e uma correlação diretamente proporcional com o IVS (r=0,49 para DAC e r=0,53 para DIC), indicando a influência dos determinantes sociais na saúde cardiovascular.
Conclusões
Este estudo evidencia a importância dos determinantes sociais e das políticas públicas na modulação das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil. As disparidades regionais apontam para a necessidade de estratégias de saúde pública mais direcionadas e contextualizadas, que considerem as especificidades socioeconômicas de cada região. Reforça-se a urgência de integrar ações em saúde com políticas de desenvolvimento social e redução da vulnerabilidade para combater as doenças cardiovasculares de maneira mais efetiva no país.
Palavras Chave
Doenças; Cardiovasculares; Brasil;
Área
Cardiologia da Mulher
Categoria
Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)