Dados do Trabalho
Título
SINTOMAS DEPRESSIVOS E ÍSUA RELAÇÃO COM INDICE DE MASSA CORPÓREA EM ESTUDANTES DE MEDICINA
Introdução e/ou Fundamento
Introdução: Os transtornos alimentares e afetivos estão relacionados com o índice de massa corporal. Os transtornos alimentares vêm recebendo importância, nas últimas décadas por impactarem na autoimagem corporal, nas emoções, pensamentos e comportamento no cotidiano, influenciando principalmente os relacionamentos interpessoais. Estima-se que seis a 17% da população tenha ao menos um episódio depressivo ao logo da vida.
Objetivo
Objetivo: Avaliar a correlação entre índice de massa corporal e sintomas comuns à depressão em alunos de medicina.
Materiais e Métodos
Metodologia: Estudo observacional transversal ecológico sobre a prevalência de sintomas, autorrelatados, comuns à depressão, avaliando idade, sexo, período letivo, peso e altura e IMC e sintomas compatíveis com os critérios presentes no Manual Diagnóstico E Estatístico De Transtornos Mentais 5ª Edição DSM-5. Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa número 4.206.836.
Resultados
Resultados: Total de 229 foram estudantes foram entrevistados com as seguintes características: idade entre 17 e 40 anos, média 22,89 ± 3,79, sendo a maior parte (50,7%) na faixa entre 20 e 24 anos. Índice de massa corporal (IMC) abaixo de 18kg/m2 foi relatado por 31 (13,5%) dos participantes e 24 (10,5%) mencionou realizar restrição prolongada da alimentação a ponto de gerar peso, significativamente, baixo para a idade e gênero; sentimento de depressão do humor em 141 (61,6%) por período igual ou superior a 2 semanas, enquanto 158 (69%) referiu perda de interesse ou prazer; ganho ou perda de peso sem intenção em 150 (65,5%), sendo no grupo portador de sobrepeso/obesidade, significativamente, maior com 98,5% (p=0,002); insônia foi declarada por 96 (41,9%), agitação e retardo psicomotor em 105 (45,9), fadiga ou perda e energia por 164 (71,6%), sentimento de culpa ou inutilidade excessiva por 154 (67,2%) e pensamentos recorrentes de morte em 46 (20,1%), sendo maior no grupo de baixo peso (41,7%), seguido do grupo obesidade (33,3%) (p< 0,001). Ao final, quando questionados acerca desses episódios alimentares interferirem na realização das tarefas diárias, 167 (72,9%) alegou prejuízo.
Conclusões
Conclusão: Foi evidenciado a predominância de sintomas comuns à depressão, com significância em estudantes de medicina, com frequência aumentada de sintomas de “perda ou ganho de peso sem intensão” no grupo portador de sobrepeso/ obesidade e, de “sentimentos de morte” no grupo de baixo peso.
Palavras Chave
Depressão; índice de massa corporal; estudantes de medicina
Área
Aterosclerose, Dislipidemia e Fatores de Risco Cardiovascular
Categoria
Médico Residente / Especializando
Instituições
Hospital da força Aérea do Galeão HFAG - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
ivan Lucas Picone Anjos, lais de Souza Rodrigues, Maria Aparecida de Almeida Souza Rodrigues, Alexandre Augustus Brito de Aragão, Ivana Picone Borges de Aragão