41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Embolia pulmonar com rápida resolução com uso de rt-PA intra-arterial

Introdução e/ou Fundamento

O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma condição clinica potencialmente fatal com uma ampla variedade de apresentações clinicas, sendo considerada a terceira causa de morte cardiovascular no mundo, atras somente do infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. 

Relato do Caso (Descrição Objetiva do Caso)

Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminina, 76 anos, portadora de hipertensão arterial, atendida na sala de emergência com queixas de dor torácica pleurítica, taquicardia, dispneia súbita de dessaturação após longo período de imobilidade devido viagem de avião. O exame físico inicial mostrava PA de 110 x 72 mmHg, FC 114 bpm. Sat O2 88% (ar ambiente). Foi realizado ECG que mostrava taquicardia sinusal. Troponina 100 ng/mL e NT-probBNP 9000 pg/mL. Realizou ecocardiograma que mostrava disfunção do ventrículo direito (VD) e PSAP de 55 mmHg. Realizado escore de Wells que mostrou alta probabilidade para TEP. O escore de PESI foi classe II que indicava risco moderado de mortalidade. Foi realizada angiotc de tórax que confirmou embolia pulmonar bilateral. De acordo com o protocolo hospitalar para TEP a paciente foi anticoagulada com enoxaparina e encaminhada para reperfusão com fibrinolítico em dose reduzida (1mg/h) intra-arterial na sala de hemodinâmica. 24 horas após início da reperfusão foi encaminhada a sala de hemodinâmica sendo confirmado a reperfusão pulmonar.

Discussão

Frente a uma paciente com suspeita de TEP a primeira decisão é determinar a probabilidade pré-teste utilizando o escore de Wells seguido da estratificação de mortalidade pelo PESI. Confirmado o diagnóstico de TEP as opções de tratamento se baseiam na presença ou não de disfunção do VD e também alteração nos marcadores laboratoriais. Até recentemente a decisão de terapia de reperfusão com trombolítico sistêmico ou trombectomia aspirativa mecânica, junto ao anticoagulante eram reservadas para alguns casos de TEP maciça em pacientes com instabilidade hemodinâmica. Hoje em dia há um crescente interesse clinico no tratamento de reperfusão para os pacientes com TEP submaciço com estabilidade hemodinâmica. A opção terapêutica com baixa dose EV ou a dirigida por cateter abriu a oportunidade para o tratamento de pacientes que apresentam risco moderado de morte e estabilidade clínica. Neste caso devido a contraindicação relativa, idade da paciente > 75 anos, para a trombólise sistêmica com rt-PA venoso, fizemos a opção pela lise intra-arterial feita com rt-PA em dose como descrito no PERT CONSORTIUM afim de reduzir as limitações funcionais.  

Palavras Chave

Embolia pulmonar; trombolise intra-arterial; Hemodinâmica

Área

Cardiologia Clínica

Categoria

Pesquisador

Instituições

complexo hospitalar de Niterói - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Deborah Luz Diniz Martins, Sylvia Manhães Pires Vasconcelos, Alexandre Nunes Marreiros Filho, Victor Menezes da Cunha Moutinho, Leonardo Aguiar Lucas, Rafael Vilanova Lima, Thiago Ribeiro Mattos, Antonio Jose Lagoeiro Jorge