41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Análise do Perfil das Internações por Insuficiência Cardíaca no Estado do Rio de Janeiro de 2013 a 2022

Introdução e/ou Fundamento

A  Insuficiência  cardíaca  (IC)  é uma síndrome clínica que consiste na  incapacidade  do  coração  em  suprir  o  metabolismo  tecidual.  Em 2020, foram 100 mil novos diagnósticos de IC segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o que representa um desafio significativo para os sistemas de saúde devido à sua prevalência crescente. Em 2007, aproximadamente 3% do total de recursos utilizados para atender todas as internações realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram destinados às internações por IC.

Objetivo

Analisar e comparar a taxa de internação por insuficiência cardíaca entre as regiões de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Materiais e Métodos

Estudo observacional, descritivo de dados fornecidos pelo DATASUS, no período de 2013 a 2022. Foram avaliadas e comparadas as taxas de internações por insuficiência cardíaca nas regiões de saúde do estado do Rio de Janeiro.

Resultados

Nesta análise, observa-se que a taxa de internação por insuficiência cardíaca aumenta progressivamente conforme o avanço da faixa etária estudada. A população entre 70 a 74 anos apresentou maior taxa de internações por IC em todas as regiões de saúde, tendo um aumento expressivo a partir dos 50 anos. Com relação a isso, o número de internações da faixa etária de 50 a 54 anos na Região Metropolitana II aumentou aproximadamente cinco vezes em comparação com a faixa anterior de 45 a 49 anos. A Baixada Litorânea apresentou uma taxa de internações por IC 27% menor que a média das regiões de saúde na população entre 20 e 24 anos. A população do sexo masculino teve uma taxa de internação por IC 65,2% maior que a população do sexo feminino. A região Metropolitana II apresentou alta discrepância entre os sexos, sendo 127% maior em homens em relação às mulheres. A taxa de internações foi significativa na região Noroeste, sendo 144% maior que a média das regiões de saúde e cerca de quatro vezes superior à da região Metropolitana I.

Conclusões

Evidencia-se a necessidade da adoção de políticas públicas que combatam incisivamente o desenvolvimento de IC na população do Estado do Rio de Janeiro. As intervenções devem ser especialmente destinadas aos cidadãos com mais de 50 anos de idade, faixa etária em que a prevalência é destacadamente maior. Ademais, as maiores taxas de internação para indivíduos do sexo masculino e na região Noroeste do Estado explicitam que fatores sociais e demográficos também devem ser considerados.

Palavras Chave

internações hospitalares; insuficiência cardíaca e saúde pública; Epidemiologia.

Área

Insuficiência Cardíaca / Cardiomiopatias

Categoria

Iniciação Científica (Alunos de Graduação em Medicina)

Instituições

Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Vanessa de Campos Santos, Matheus Barreto da Silva Feijó, Vinicius Ramos de Oliveira, Mariana de Paula Pires, Matheus Ragghianti Ney Ferreira, Jenaine Rosa Godinho Emiliano, Vinicius Macário Mendes, Adriana Munford Lima Pimentel