Dados do Trabalho
Título
Coarctação da aorta associada à Síndrome de Edwards: um relato de caso
Introdução e/ou Fundamento
A coarctação da aorta é uma das alterações cardiovasculares mais frequentes, que consiste em um estreitamento ao longo do trajeto da artéria aórtica, causando uma obstrução parcial da passagem de sangue. A cardiopatia congênita foi causada pela Síndrome de Edwards (SE), uma alteração genética, que está caracterizada pela Trissomia do cromossomo 18. O caso relata a coarctação da aorta e a síndrome de Edwards, quando ambas as condições se apresentam simultaneamente.
Objetivo
Relatar o caso de uma paciente portadora de coarctação da aorta associada à Síndrome de Edwards internada em um hospital universitário.
Materiais e Métodos
A.V.V.N., sexo feminino, lactente, 6 meses. Transferida para o hospital após a realização de uma cirurgia paliativa de coartação da aorta com bandagem da artéria pulmonar. Pré-natal de alto risco, crescimento intra-uterino restrito e cardiopatia detectada por ECO fetal. Na pediatria foi submetida ao exame de cariótipo, e após análise do geneticista, evidenciou a presença da trissomia do cromossomo 18. Ao exame físico, apresentava facie sindrômica, com esforço respiratório e tórax com tiragem intercostal. Ausculta cardíaca: bulhas cardíacas em 2 tempos, com presença de sopro. Ausculta pulmonar: murmúrios ventriculares universalmente audíveis. MMSS e MMII com extremidades cianóticas e baixa perfusão capilar. Com pressão arterial de 132 x 70 mmHg (PAM 91 mmHg), frequência respiratória de 51 irpm, frequência cardíaca de 123 bpm, saturação de 90%, em uso de cateter de O₂ 2L/min. Peso: 3.875 kg e altura: 53,1 cm, abaixo do esperado para a idade.
Resultados
Ao identificarmos as alterações clínicas, foi possível estabelecer alguns cuidados de enfermagem, como mínimo manuseio pela equipe, monitorização contínua, aumento do O₂ para 4L/min., adiar o banho até que houvesse melhora do quadro clínico e proporcionar apoio familiar decorrente do prognóstico da síndrome. O objetivo era sensibilizar a equipe quanto priorizar a estabilidade da paciente, minimizando os riscos de intercorrências durante a realização do cuidado.
Conclusões
As cardiopatias congênitas são frequentemente encontradas na síndrome de Edwards, principalmente a apresentada pela paciente. O prognóstico da SE é individual, mas a maioria acaba indo a óbito no período intra-uterino, e as crianças que sobrevivem possuem diversos fatores de risco. Dessa forma, a identificação precoce dos sinais e a conduta apresentada pela equipe foi um importante cuidado de enfermagem.
Palavras Chave
Coarctação da aorta; Síndrome de Edwards; Cuidados de enfermagem;
Área
Enfermagem
Instituições
Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Marianne Corrêa da Silva Couto, Paola Paiva Monteiro, Marcella dos Santos Lopes da Silva, Rosane Cordeiro Burla de Aguiar, Ana Luiza Dorneles da Silveira