41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Análise do segmento intra-hospitalar dos pacientes em uma unidade de dor torácica

Introdução e/ou Fundamento

As Unidades de Dor Torácica (UDT) surgiram nos anos 70, objetivando facilitar o acesso ao paciente, fornecendo atendimento rápido e prioritário através de uma estratégia organizada e eficiente, evitando diagnósticos equivocados. No Brasil, a primeira UDT foi implantada em 1996 em um Hospital Quaternário no Rio de Janeiro. Ao longo de  quase 30 anos, seu protocolo vem se modernizando, às custas do surgimento de novos biomarcadores e através da análise do banco de dados desse hospital. Dessa forma os pacientes são divididos em rotas assistenciais (rotas 1, 2 e 3).

Objetivo

Descrever o modelo assistencial e seus resultados de uma UDT.

Materiais e Métodos

Foi realizada uma análise retrospectiva de 2185 pacientes, incluídos no protocolo institucional de dor torácica na sala de emergência, através de um banco de dados no período de 2019 a 2023.

Resultados

Dos 4.315 protocolosabertos, foram excluídos 892 após avaliaçãomédica, ficando, então com 3.400 pacientes. A taxade conformidade do tempo porta-eletro em até 10 minutos foi em media de 95,5%. A distribuiçãoconforme as rotas aconteceu da seguinte forma: Rota 1 para sindrome coronariana aguda com supra do segment ST, Rota 2 para os pacientesque apresentassem alteração isquêmica do eltrocardiograma (ECG) e/ou troponina positiva e Rota 3 para os pacientes que apresentassem dortorácica, porém sem alteraçōes isquêmicas do ECG ou da troponina. A Rota 1 foi responsável por137 pacientes, sendo que desses 15 apresentavamdisfunção ventrículo esquerdo (VE), 4 seguirampara o tratamento cirúrgico, 11 para tratamentoconservador e 107  para tratamento percutâneo. A mortalidade total desses pacientes representou15,45%. Dos  394 pacientes incluídos na Rota 2, 32apresentavam disfunção do VE. Quanto ao seutratamento, 24 seguiram para revascularizaçãomiocárdica, 111 para tratamento clinico e 227 para tratamento percutâneo. Sendo a mortalidade total dos pacientes da rota 2 de 2,5%. Quanto aos 2.869  pacientes que foram incluídos na Rota 3, 365 foram estratificados de forma não invasiva, 90 foram submetidos a cineangiocoronariografia e 2.414 foram estratificados ambulatorialmente.

Conclusões

Dessa forma, com atendimento organizado e protocolado, as unidades de dor torácica conseguem sistematizar os atendimentos dos quadros de suspeitos de síndrome coronariana aguda e com isso manter o melhor seguimento intra-hospitalar dos pacientes.  

Palavras Chave

Dor torácica; estratificação risco

Área

Doença Coronária

Categoria

Médico Residente / Especializando

Instituições

Hospital Pró-Cardíaco - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Brysa Paiva Cruz, Daniela Pires de Castro Miranda , Luciana Reis, Fabíola A Tavares Da Motta, Bruna Pereira De Mendonça, Daniel Xavier de Brito Setta, Ana Amaral Ferreira Dutra