41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

Crioablação de Taquicardia Atrial Parahisiana em Mulher jovem

Introdução e/ou Fundamento

 A ablação por radiofrequência (RFA) de taquicardias próximas ao feixe de His (HB) está relacionada a um risco aumentado de dano irreversível ao nó atrioventricular (AVN). A crioablação (CRiA) devido às suas características de progressão mais lenta da lesão, adesão do cateter durante a aplicação e o tipo de lesão causada, tem se mostrado um método eficaz e seguro para ablação das taquicardias parahissianas (TPH), com muúltiplos relatos na literatura de casos de ablação das vias acessórias parahisianas.. Apesar disso, alguns defendem que há um menor índice de sucesso com essa tecnologia. 

Relato do Caso (Descrição Objetiva do Caso)

Paciente GSM, 41 anos, sexo feminino, diagnóstico de Hipotireoidismo há 15 anos em uso de Levotiroaxina, apresentou internação hospitalar em 2022 por Fibrilação Atrial (FA) que segundo a paciente era o segundo episódio sintomático, sem tolerância ao uso de medicações antiarrítmicas por bradicardia. Apresentava ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca sem alterações dignas de nota. Naquele momento foi optado por ablação de Fibrilação Atrial com mapeamento eletroanatomico tridimensional (MEA) para isolamento das veias pulmonares. Durante ablação, que transcorreu sem intercorrências, apresentou indução espontânea de taquicardia atrial, sendo realizado mapeamento em taquicardia demonstrando foco arritmogênico na topografia do feixe de His (FH) e onde havia maior precocidade para ablação, havia registro do potencial elétrico do FH. Naquele momento a opção foi tratamento clínico, visto que não havia registro prévio desta arritmia e o risto iminente de lesão irreversível do sistema de condução era elevado. Paciente apresentou múltiplas crises de taquicardia atrial, sustentadas, com internação hospitalar. Optado então por novo procedimento, desta vez com MEA e cateter de ablação (CAb) por crioenergia (Crio). O MEA novamente demonstrou a região de interesse na região paraHisiana, posicionado CAb na região de maior precocidade, com pequeno registro do FH. A técnica de criomapping demonstrou segunraça para aplicação, em taquicardia, com reversão após cerca de 30 segundos, sendo continuado por 240s + 180s de reforço. Ao final, os intervalos basais estavam preservados e não mais induzimos  taquicardia, mesmo sob ação de Isoprenalina.

Discussão

O diagnóstico das TPH ainda hoje é um situação complexa onde o risco x benefício do tratamento deve ser ponderado amplamente com o paciente, visto que o risco de lesões do sistema de condução é iminente. A técnica de Crio demosntra  segurança e eficácia nestes casos

Palavras Chave

eletrofisiologia; parahisiana; Arritmia

Área

Arritmias, Estimulação Cardíaca e Eletrofisiologia

Categoria

Pesquisador

Instituições

Rede D'Or - Niterói D'Or - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Tayene Albano Quintella, Nilson Araujo Oliveira Jr, Rafael Augusto Lethier Rangel, Claudio Munhoz da Fontoura Tavares, Olga Ferreira de Souza, Martha Valeria Pinheiro, Leonardo Rezende Siqueira, Rodrigo Periquito Cosenza