Dados do Trabalho

Título

Influência da anemia no prognóstico do infarto agudo do miocárdio

Introdução e/ou Fundamento

A anemia tem o potencial de piorar o insulto isquêmico miocárdico na síndrome coronariana aguda (SCA), tanto pela diminuição do aporte de oxigênio fornecido ao miocárdio, quanto pelo aumento do consumo energético, dado o aumento do débito cardíaco. Na última década diversos autores exploraram o impacto prognóstico dos valores de hemoglobina no contexto da SCA.

Objetivo

Investigar a relação entre anemia e desfechos clínicos adversos em pacientes com SCA.

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, de coorte envolvendo 782 pacientes hospitalizados com diagnóstico confirmado de infarto agudo do miocárdio, abrangendo o período entre janeiro de 2018 e janeiro de 2024. Os dados foram coletados por uma equipe de profissionais de saúde qualificados e posteriormente analisados utilizando o software Jamovi. Foram analisadas as variáveis multimodal de sexo, idade, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, choque cardiogênico e anemia. Para definição de anemia foi adotado um nível de hemoglobina < 10 g/dl na admissão hospitalar.

Resultados

Houve associação de anemia a um tempo de internação hospitalar maior que 5 dias (p = 0,003; OR 2,56; IC 1,37-4,80) e maior mortalidade (p = 0,018; OR 3,77; IC 1,26-11,31). Não foi identificada associação significativa entre anemia e disfunção ventricular moderada a grave (p = 0,241).

Conclusões

A inclusão da anemia na estratificação de risco de pacientes internados com SCA pode guiar intervenções mais direcionadas para melhorar a eficiência dos cuidados prestados, diminuindo o tempo de internação hospitalar e a chance de mortalidade.

Referências Bibliográficas (OPCIONAL)

Brenda Moura. Anemia e prognóstico das síndromes coronárias agudas. Rev Port Cardiol. 2012;31(2):133-134.

Palavras Chave

ANEMIA; SÍNDROME CORONARIANA AGUDA; ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO.