41º Congresso SOCERJ

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA TAXA DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: UM ESTUDO PROSPECTIVO

Introdução e/ou Fundamento

A cirurgia cardíaca é um procedimento de grande porte e alta complexidade e pode gerar grandes repercussões orgânicas, como a resposta inflamatória sistêmica, complicações pulmonares e cardiovasculares graves, podendo levar à ventilação mecânica (VM) prolongada e à insuficiência respiratória pós-operatória (IRP). 

Objetivo

Avaliar a taxa de indivíduos que desenvolveram IRP no pós-operatório de cirurgia cardíaca segundo as classificações de risco definidas pelo escore Houston Methodist Postoperative Respiratory Failure (HMPRF).

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, transversal, prospectivo, unicêntrico, que avaliou a taxa de IRP, pelo escore HMPRF, em pacientes internados na Unidade de Cirurgia Cardíaca de um hospital universitário no período de setembro de 2023 a janeiro de 2024. Critérios de inclusão: Foram incluídos no estudo indivíduos com idade maior que 18 anos, submetidos à cirurgia cardíaca de revascularização do miocárdio, troca valvar, plastia valvar ou a combinação de mais de uma delas, realizada via esternotomia mediana. Critérios de exclusão: Foram considerados os seguintes critérios de exclusão: histórico de imunodeficiência e imunossupressão; transplante de órgãos; histórico de eventos respiratórios ou cardiovasculares graves e necessidade de suporte ventilatório mecânico em até 1 mês antes da internação para cirurgia cardíaca; óbito no intraoperatório. O escore HMPRF é uma ferramenta elaborada para identificar o risco de desenvolvimento de IRP no pós-operatório de cirurgia cardíaca, que foi concebido para ser utilizado no momento da admissão na UTI, com janela preditiva de 48 horas a 30 dias.

Resultados

Um total de 66 participantes foram incluídos. A taxa de IRP foi de 10,6%, sendo que nenhum indivíduo de baixo risco desenvolveu IRP. A taxa de mortalidade foi maior no grupo de moderado/alto risco comparado com o grupo baixo risco (p< 0,001). Não foi observado diferença no tempo de internação, saturação venosa de oxigênio (SvO2) e lactato sérico nos pacientes que desenvolveram IRP ou entre os grupos de risco.

Conclusões

Indivíduos classificados como moderado/alto risco segundo o escore HMPRF apresentam maior taxa de IRP e mortalidade. Não houve diferença entre os grupos em relação ao lactato e SvO2.

Palavras Chave

Classificação de risco; Cardiopatias

Área

Fisioterapia

Instituições

Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Dimas Curitiba Orem Santos, Mariana Barcellos Avila, Ana Paula Nunes Carneiro