Dados do Trabalho
Título
CO-REGISTRO (INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL): angiografia coronariana sincronizada com OCT. Ferramenta útil na tomada de decisão das ICP?
Introdução e/ou Fundamento
A coronariografia é o método de escolha invasivo para confirmação das lesões coronarianas, nas síndromes coronarianas agudas (SCA) e nas síndromes estáveis (SCE). A tomografia de coerência óptica (OCT) é útil na identificação da característica da placa coronariana, bem como, na programação da intervenção coronariana percutânea (ICP). Mais recentemente, o CO-REGISTRO, que sincroniza a angiografia à imagem de OCT, surge como aliado das tomadas de decisão das angioplastias coronarianas. Relataremos 2 casos de CO-REGISTRO guiando procedimentos de intervenção coronariana.
Relato do Caso (Descrição Objetiva do Caso)
Homem, 66 anos, com SCA sem supra desnivelamento do segmento ST, submetida à angiografia coronariana e identificação de lesões coronarianas em descendente anterior (DA), longa, de 80% e coronária direita (CD) de 80%. Submetido à ICP AD HOC com implante de 1 stent em CD. Após 2 dias, retorna para tratamento da DA, guiada pelo CO-REGISTRO, para otimização do procedimento. Após avaliação da característica da placa, sua extensão e seus diâmetros de referência, foram implantados 2 stents farmacológicos com sucesso. A imagem de controle com OCT, mostrou necessidade de nova pós-dilatação devido à má-aposição de hastes em segmentos do stent. Mulher, 67 anos, com SCE (angina estável) e cintilografia com hipocaptação transitória em parede anterior. Submetida à angiografia coronariana que evidenciou lesão única de 70% em DA. Após utilização do CO-REGISTRO e identificação de placa, com exuberante conteúdo lipídico, seus diâmetros de referência e extensão, foi optado pelo implante de 1 stent farmacológico com sucesso.
Discussão
A angiografia coronariana detém grande assertividade na confirmação das placas ateromatosas e na programação das intervenções coronarianas. Embora, muitas vezes não permite a identificação da característica da lesão, e pode subestimar diâmetros de referência e não avaliar corretamente o comprimento de lesão. Os métodos de imagem, principalmente o OCT, vem ganhando espaço na lacuna deixada pela coronariografia. Mais recentemente a sincronização da angiografia com o OCT, permite com mais eficiência a programação estratégica das ICP. Nesse relato, o CO-REGISTRO foi fundamental, principalmente no primeiro caso que após a imagem de controle, foi necessária a otimização do procedimento. Novas evidências serão necessárias para corroborar essas informações no futuro, mas é evidente que consiste em uma tecnologia de grande valia nas tomadas de decisão dos procedimentos de angioplastias.
Palavras Chave
Inteligência Artificial em Saúde; co-registro; síndrome coronariana
Área
Cardiologia Intervencionista
Categoria
Pesquisador
Instituições
Copa Dor - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
José Fabio Almiro, Felipe Maia, Mauricio Salles Oliveira, Tarcisio Pascoal, Thales Cardoso Whately, Joao Pedro Machado Ribeiro Jacintho Silva, Cleverson Neves Zukowski