Dados do Trabalho
Título
A eficácia de terapias combinadas (farmacológicas e não farmacológicas) no controle da fibrilação atrial: uma revisão sistemática
Introdução
A fibrilação atrial (FA) é caracterizada pela desorganização da atividade elétrica atrial e representa um significativo problema de saúde pública. Seus sintomas podem incluir palpitações, dor torácica e dispneia. A fisiopatologia da FA é complexa, englobando fatores estruturais, elétricos e autonômicos. A prevalência da condição aumenta com a idade e está associada a riscos elevados de eventos adversos, como acidente vascular encefálico (AVE) e insuficiência cardíaca. O tratamento da FA é desafiador, abrangendo o controle da frequência cardíaca, o restabelecimento do ritmo sinusal e a prevenção de complicações. As opções terapêuticas para a fibrilação atrial incluem abordagens farmacológicas, como o uso de drogas antiarrítmicas e anticoagulantes, além de métodos não farmacológicos, como a ablação por cateter e modificações no estilo de vida.
Objetivo
O objetivo deste estudo é analisar a eficácia da terapia combinada, que integra abordagens farmacológicas e não farmacológicas, no controle da fibrilação atrial.
Métodos
Realizou-se uma revisão sistemática da literatura utilizando bases de dados como PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Os termos de busca foram “eficácia”, “Fibrilação Atrial”, “Terapia Combinada”, "Terapia Farmacológica" e "Terapia não farmacológica". Foram selecionados estudos originais e revisões publicadas nos últimos cinco anos que abordassem a eficácia e a segurança da terapia combinada no manejo da FA.
Resultados/Discussão
A revisão sistemática indicou que a ablação por cateter é eficaz na manutenção do ritmo sinusal e na melhoria da qualidade de vida em pacientes com FA sintomática, apesar dos riscos específicos associados ao procedimento. Contudo, a terapia medicamentosa continua a ser fundamental para pacientes que não são candidatos à ablação ou que apresentam múltiplas comorbidades, sendo necessário um uso cauteloso devido aos riscos de efeitos adversos. A terapia não farmacológica, particularmente a ablação por cateter, é recomendada para pacientes com FA sintomática refratária, mostrando-se benéfica em casos de FA paroxística e persistente. Além disso, a atividade física regular é considerada segura e eficaz na prevenção e controle da FA, embora ainda haja necessidade de mais estudos para definir diretrizes específicas para a prescrição de exercícios nesses pacientes. A abordagem personalizada, levando em conta fatores individuais e a experiência do centro médico, é essencial para otimizar os resultados clínicos.
Conclusão
Conclui-se que a terapia combinada, que envolve tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, pode ser eficaz no controle da fibrilação atrial (FA). A ablação por cateter se destaca como uma opção eficaz para a manutenção do ritmo sinusal em pacientes sintomáticos, especialmente em casos de FA paroxística e persistente. Apesar da importância dos medicamentos, como betabloqueadores e antagonistas dos canais de cálcio, para pacientes que não são candidatos à ablação, a necessidade de uma abordagem individualizada é evidente devido às comorbidades e aos riscos associados a cada intervenção. Além disso, o incentivo à atividade física regular mostra potencial como estratégia preventiva e de controle, mas ainda são necessárias mais pesquisas para estabelecer diretrizes adequadas.
Palavras Chave
Eficácia; Fibrilação atrial; Terapia Combinada; Terapia Farmacológica; Terapia não farmacológica
Área
Cardiologia
Categoria
Revisão de literatura
Autores
Ana Leticia Muniz Saraiva, Alex Ruan Silva Sousa, Anna Clara De Sousa Marques, Elyanne dos Santos Gomes