Dados do Trabalho
Título
RISCO CARDIOVASCULAR FRENTE AO USO DO CIGARRO ELETRÔNICO
Introdução
Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) começaram a ser utilizados como estratégia alternativa menos prejudicial ao cigarro tradicional, na tentativa de cessar o tabagismo. Todavia, o principal público consumidor são adolescentes dos quais não apresentavam comportamento tabagista prévio. Nesse viés, esta análise aborda a associação dos DEFs ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, justificadas pela presença de componentes químicos contribuintes para o aumento de estresse oxidativo e liberação de mediadores inflamatórios no organismo.
Objetivo
O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre o uso de cigarros eletrônicos e o desenvolvimento de placas ateroscleróticas responsáveis pelo aumento dos riscos cardiovasculares.
Métodos
Trata-se de uma revisão bibliográfica sobre a temática levantada, embasada em artigos dos últimos 3 anos, selecionados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Scielo e International Jounal of Vascular Medicine. Não envolve a manipulação de dados, mas sim informações colhidas através de estudos publicados.
Resultados/Discussão
Os cigarros eletrônicos e seus constituintes contribuem para a patogênese da aterosclerose. O propilenoglicol é o principal composto da maioria dos líquidos dos DEFs, compreendendo 95% da formulação líquida, e quando exposto ao calor, pode se desintegrar em produtos secundários. Em resposta, leva a inflamação vascular, violação da defesa antioxidante, ativação do sistema simpático com formação de células progenitoras da medula óssea e migrarão para o baço onde sofrerão maturação em monócitos pró-inflamatórios. Além disso, há a ativação e agregação plaquetária com recrutamento leucocitário, fatores estes que levarão ao surgimento da placa de ateroma, potencializando os riscos de doenças cardiovasculares.
Conclusão
Diante das informações levantadas verifica-se a necessidade da efetivação de políticas públicas no combate e conscientização acerca do uso do cigarro eletrônico. Dessa forma, é impreterível ações governamentais para o cumprimento e a fiscalização, haja vista que a Resolução de N°46 de 28 de agosto 2009 já proíbe a comercialização, importação e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, a fim de preservar a saúde de forma individual e coletiva.
Palavras Chave
Cigarro eletrônico; Aterosclerose; Doenças cardiovasculares
Área
Cardiologia
Categoria
Revisão de literatura
Autores
Caroline Rodrigues de Souza, Isabela David Cardoso, Karoline Marinho Ferro, Rafaella Mota Vaz, Thâmara Stefanny Soares da Silva Sampaio