Dados do Trabalho

Título

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA NO ESTADO DO TOCANTINS DURANTE OS ANOS DE 2019 A 2023.

Introdução

A insuficiência cardíaca é uma doença cardiovascular na qual alterações funcionais ou estruturais do coração provocam incapacidade do órgão em prover sangue em quantidade satisfatória para o corpo. É considerada uma doença de alta morbimortalidade no mundo e está relacionada a uma alta demanda de recursos e custos no seu cuidado.

Objetivo

Objetivos: descrever o perfil epidemiológico, média de permanência e gastos das internações por insuficiência cardíaca no estado do Tocantins durante os anos de 2019 a 2023.

Métodos

Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, com abordagem descritiva analítica referente ao número de internações por Insuficiência Cardíaca, no estado do Tocantins. Os dados foram obtidos por meio de consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a partir do item “ Epidemiológicas e Morbidade”. Foram analisadas as variáveis: sexo, cor/raça, faixa etária, média de permanência e valor total das internações. Os dados foram tabulados e analisados com auxílio do Microsoft Excel 2016.

Resultados/Discussão

Resultados e discussão: Durante os anos de 2019 a 2023 foram registradas 5.057 internações por Insuficiência Cardíaca no Tocantins, sendo o sexo masculino o mais acometido com 3.037 hospitalizações (60.06%). Os anos de 2022 e 2023 obtiveram o maior número de internações, totalizando cada um 1.083 (21,42%). O ano de 2021, por sua vez, registrou o menor número com apenas 824 (16,29%). Quando analisada a cor/raça dos pacientes internados, pardos totalizaram 89,66%, brancos 2,89%, amarelos 2,41%, pretos 1,88%, indígenas 0,38% e os que não continham essa informação 2,79%. No que se refere a faixa etária, a maior prevalência foi dos 70 a 79 anos com 1.381 (27,31%), seguidos de 80 anos ou mais com 1.332 (26,34%) e 60 a 69 anos, 1075 (21,26%). Os pacientes internados por insuficiência cardíaca tiveram uma média de permanência de 7.6 dias e um gasto médio de R$ 1.406,75. Embora seja uma doença prevalente e incapacitante, encontrou-se poucos estudos na literatura sobre a doença no estado estudado. Além disso, ainda que o DATASUS seja uma ferramenta importante na consulta de informações, dados sobre comorbidades pré-existentes dos pacientes internados, o não preenchimento das informações, limitam análises mais aprofundadas.

Conclusão

Conclusões: O estudo demonstrou uma progressão do número de internações por IC nos últimos anos. Dessa forma, compreender o perfil epidemiológico da doença possibilita um melhor planejamento de ações em saúde, melhor assistência oferecida a população e, consequentemente, uma redução de gastos.

Palavras Chave

Insuficiência cardíaca; Análise epidemiológica; Cardiologia