XVI Congresso Tocantinense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

DESAFIOS NO MANEJO E TRATAMENTO DA TETRALOGIA DE FALLOT: UMA ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA

Introdução

A Tetralogia de Fallot (TF) é uma cardiopatia congênita complexa que
demanda um manejo altamente especializado e multidisciplinar. Esta condição é
caracterizada por quatro defeitos cardíacos primários: estenose do trato de saída do
ventrículo direito, comunicação interventricular (CIV), deslocamento da aorta sobre o
septo ventricular e hipertrofia do ventrículo direito. Esses defeitos comprometem a
eficiência do bombeamento sanguíneo e a oxigenação do sangue, resultando em
cianose e outras manifestações clínicas desde o nascimento. A TF pode variar em
gravidade, com manifestações que vão desde sintomas leves até situações
potencialmente fatais. O tratamento geralmente requer intervenção cirúrgica precoce,
e o acompanhamento contínuo é essencial para gerir as complicações e melhorar a
qualidade de vida a longo prazo. A abordagem multidisciplinar inclui cardiologistas,
cirurgiões cardíacos, enfermeiros especializados e, frequentemente, equipes de
reabilitação. A complexidade do manejo da TF está em constante evolução, refletindo
avanços na cirurgia e na terapêutica, mas também em novos desafios que surgem à
medida que os pacientes sobrevivem por mais tempo.

Objetivo

O objetivo deste
estudo é identificar e analisar os principais desafios e avanços no manejo e
tratamento da Tetralogia de Fallot, com foco especial em estratégias de manejo a
longo prazo e inovações recentes no tratamento.

Métodos

Para fornecer uma visão abrangente das estratégias de manejo a longo
prazo para melhor compreensão da TF, foi realizado um levantamento de dados com
apoio na técnica de revisão bibliográfica, com pesquisa no Scielo e Google
Acadêmico. Nesse levantamento foram selecionados 27 artigos, nas quais apenas 13
atenderam o objetivo da pesquisa, no período de 2009 a 2024.

Resultados/Discussão

A análise qualitativa dos estudos revelou que os principais
desafios no manejo da TF incluem o diagnóstico precoce, a execução de
procedimentos cirúrgicos adequados e o gerenciamento das complicações a longo
prazo. A cirurgia corretiva precoce, frequentemente envolvendo um shunt ou uma
correção total, é crucial. Contudo, complicações como insuficiência valvular pulmonar,
arritmias e problemas residuais na função cardíaca são comuns e podem exigir
intervenções adicionais. Avanços significativos nas técnicas cirúrgicas e nas
estratégias de acompanhamento foram documentados, incluindo melhorias na
abordagem minimamente invasiva e nas técnicas de imagem. No entanto, a literatura
sugere que ainda existem lacunas significativas na pesquisa, particularmente em
relação a como melhorar os resultados a longo prazo e reduzir a necessidade de
reintervenções.

Conclusão

Conclui-se que o manejo da Tetralogia de
Fallot continua sendo um desafio complexo devido às múltiplas complicações e às
necessidades de acompanhamento a longo prazo. Apesar dos avanços nas técnicas
cirúrgicas e nas estratégias de manejo, que têm melhorado os resultados para muitos
pacientes, existem áreas que ainda necessitam de mais pesquisa e desenvolvimento.
A colaboração multidisciplinar e a personalização dos cuidados são fundamentais
para otimizar o tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A inovação
contínua e a integração de novas evidências são essenciais para enfrentar os
desafios persistentes na gestão da TF.

Palavras Chave

Tetralogia de Fallot; Cardiopatia congênita; Comunicação interventricular; Insuficiência valvular pulmonar

Área

Cardiologia

Categoria

Revisão de literatura

Autores

Gerley Augusto Jácome dos Santos