XVI Congresso Tocantinense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

A ENDOCARDITE INFECCIOSA COMO FATOR DE RISCO PARA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA PEDIATRIA

Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) é uma disfunção do coração associada à inúmeras etiologias, sendo a endocardite infecciosa (EI) um grande fator de risco para o desenvolvimento da doença, bem como sua complicação.

Objetivo

O objetivo da produção é associar a disfunção cardíaca com a infecção bacteriana do endocárdio no coração das crianças.

Métodos

Foi realizado uma revisão de literatura, de caráter retrospectivo a partir das bases de dados “Medline” e “Scielo” com os descritores endocarditis AND children, sendo selecionados artigos publicados no ano de 2023

Resultados/Discussão

A febre reumática aguda está associada a quadros de faringites por Streptococcus pyogenes, em sua maioria com tratamento negligenciado e/ou inadequado, com isso, há a chance do desenvolvimento da cardiopatia reumática nas crianças. Nesse viés, a resposta inflamatória da doença, lesiona as valvas por mecanismos de mimetismo molecular, levando a degeneração e formação de vegetações, propiciando uma disfunção das estruturas que culminam em insuficiência cardíaca. Uma meta-análise mostrou que no ano de 2013 a prevalência da doença cardíaca reumática foi de 3,2 casos em 1.000 crianças. Por outro lado, levando em conta o caráter multifatorial da IC, nas crianças, a etiologia também está bastante associada às doenças cardíacas congênitas (DCC), que foi analisado em um estudo, na qual uma população de 49 (quarenta e nove) pacientes < 18 anos, 31 (63,2%) apresentavam DCC. Entretanto, foi observado em outra análise clínica que o representante maior é o Staphylococcus aureus, devido sua maior predileção pelas valvas protéticas, na qual 42 (quarenta e duas) crianças de uma amostra de 69 (sessenta e nove) (61%) possuíam a infecção pela bactéria. Concomitante a isso, o acometimento valvar mitral e pulmonar representou 14% (10/69) e 35% (25/69), respectivamente, da população total avaliada, sendo que, dos 69 pacientes, 38 (55%) apresentaram Duke positivo à ecografia transtorácica (ETT), tais como: vegetações, regurgitação valvar, deiscência de prótese e abscesso paravalvar. Sendo assim, pode-se observar que a insuficiência cardíaca é tratada neste caso como uma complicação da endocardite infecciosa ocorrida devido o reparo cirúrgico de uma DCC de base.

Conclusão

Por fim, a insuficiência cardíaca na pediatria deve ser estratificada em formas adquiridas e não adquiridas, para que haja um entendimento do mecanismo etiológico complexo. Isto é, entendendo as alterações congênitas (não adquiridas), pôde ser visto uma gama associada ao desenvolvimento de IC, outrossim, que, as suas correções cirúrgicas, também desembocam frequentemente em endocardite infecciosa (adquirida) e, que doenças tratáveis também levam a EI que por sua vez culminam em disfunção cardíaca

Palavras Chave

Heart Failure; endocarditis; children; rheumatic heart disease

Área

Cardiologia

Categoria

Revisão de literatura

Autores

ISABELLA AFONSO DE SOUZA, RAFAEL PRIMO FERREIRA FILHO, SÂMELLA DA SILVA GUILHERME, SUYANE KELLY SOUSA AIRES, TAYNARA AUGUSTA FERNANDES