Dados do Trabalho
Título
PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA RESISTENTE AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Introdução
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada clinicamente por valores de pressão arterial (PA) persistentemente altos nas artérias sistêmicas. É considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares (DCV), que é passível de prevenção ou que pode ser controlado, Atualmente, a definição de hipertensão arterial resistente (HAR) descreve indivíduos cuja pressão arterial (PA) permanece acima das metas estabelecidas pelas diretrizes e posicionamentos, apesar do tratamento com três medicamentos anti-hipertensivos de classes distintas
Objetivo
Relatar a experiência clínica no manejo de um paciente diagnosticado com hipertensão arterial sistêmica resistente ao tratamento medicamentoso, os desafios enfrentados durante o processo de controle da pressão arterial com o intuito de contribuir para o aprimoramento do manejo
Métodos
Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência, que descreve uma vivência prática de um grupo de acadêmicos do curso de medicina no rodízio de cardiologia. Relatando a experiência no manejo de um paciente com hipertensão arterial sistêmica resistente ao tratamento medicamentoso
Resultados/Discussão
Paciente, sexo feminino, 55 anos, em uso de Enalapril 20mg, Carvedilol 12,5mg, Espironolactona 50me, Anlodipino 10mg, Hidroclorotiazida 25mg, Monocordil 20mg, Hidralazina 50mg, Sinvastatina 20mg, Atensina 150 mg, analisando consultas entre 06 de maio de 2022 à 19 de fevereiro de 2024.
Desde a primeira consulta a paciente constava com uma HAS descontrolada onde no exame físico apresentava pressão arterial sistémica de 190x110mmHg.
No dia 10 de agosto de 2022, no exame físico apresentava, pressão arterial de 210X130 mmHg bpm
No retorno no dia 08 de março de 2023 com resultados do ECG: onde teve um padrão strein no ECG - sobrecarga de ventrículo esquerdo. Pressão arterial de 160x120 mmHg e presença de refluxo hepatojugular positivo. Adicionada mais uma hipótese diagnóstica de Insuficiência cardíaca.
No dia 09 agosto de 2023 paciente sexo feminino, pele negra, 54 anos, diarita, comparece ao consultório para retorno após mudança de medicação para HAS, relatando HAS refratária devido a inadequação ao tratamente, com presença de julgular pulsatil e sem sintomas associados. No exame físico apresentou pressão arterial em braço esquerdo 170x140 mmHg e em braço direito 180x120 mmHg.
Na última consulta do dia 19 de fevereiro de 2024, Paciente compareceu ao ambulatório de cardiologia para mostrar resultados de exames solicitados em consulta anterior.
PA: 256x135 mmHg FC: 86 bpm MMII: pulsos presentes, cheios, rítmicos e regulares simétricos bilateralmente, sem edema. MAPA (Setembro/2023): 175- 253 mmHg PAS (alterada em todos os períodos, mesmo durante sono) ECG (Maio/22): Ritmo sinusal, HVE, fc 64, sem arritmias, alteração de repolarização do ventrículo, Raio-x de tórax (Maio/2023): ICT aumentado. Com hipótese diagnóstica de HAS resistente. Encaminhada a UPA com urgência hipertensiva assintomática, estável hemodinamicamente
Conclusão
A hipertensão arterial resistente (HAR) apresenta um desafio considerável no seu tratamento, exigindo abordagens terapêuticas diversificadas e personalizadas. O uso combinado de múltiplos anti-hipertensivos, incluindo antagonistas da aldosterona e inibidores da ECA, mostra-se eficaz, embora a polifarmácia possa aumentar a complexidade do tratamento e o risco de efeitos adversos. A eficácia do tratamento da HAR depende de uma abordagem individualizada.
Palavras Chave
Monitoramento Clínico; Hipertensão Arterial Sistêmica; Resistência ao Tratamento;
Área
Cardiologia
Categoria
Relato de caso
Autores
SAMELLA DA SILVA GUILHERME, Suyane Kelly Sousa Aires, Isabella Afonso de Souza, Elyanne dos Santos Gomes, Rafael Primo Ferreira Filho