Dados do Trabalho
Título
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL EM PACIENTE COM SÍNDROME DE DOWN: RELATO DE CASO
Introdução
Síndrome de Down é a aneuploidia mais comum, frequentemente associada a diversas malformações congênitas, incluindo cardiopatias. Dentre essas, a persistência do canal arterial (PCA) se destaca como uma das principais cardiopatias congênitas associadas a portadores dessa condição, além de ser uma importante causa de mortalidade nesses pacientes no primeiro ano de vida. A PCA envolve a permanência de uma comunicação anômala entre a artéria pulmonar e a aorta, que deveria ter se fechado ao nascimento, o que pode resultar em hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca, especialmente se não tratada precocemente. Este relato aborda o caso de uma paciente pediátrica com Síndrome de Down e PCA, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Objetivo
Compartilhar a importância do diagnóstico precoce e do manejo adequado das cardiopatias congênitas, incluindo a persistência do canal arterial, em crianças com Síndrome de Down.
Métodos
Relato de Caso: Trata-se de um relato de caso da paciente S.M.G.T, do sexo feminino, 3 anos de idade, diagnosticada com Síndrome de Down ao nascimento. A paciente foi acompanhada em consulta pediátrica devido a episódios recorrentes de pneumonia, e um ecocardiograma evidenciou a persistência do canal arterial com repercussão hemodinâmica. O exame físico revelou sopro contínuo na ausculta cardíaca, além de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor.
Resultados/Discussão
As cardiopatias congênitas são divididas em cianóticas e acianóticas, com a persistência do canal arterial (PCA) classificada como acianótica. Essa condição é mais comum em pacientes com Síndrome de Down, e o diagnóstico precoce é crucial para reduzir morbidades. Um estudo recente realizado com 2.036 nascidos, 105 apresentaram cardiopatias, dos quais apenas 64 sobreviveram. O tratamento principal é o fechamento cirúrgico do canal. O diagnóstico pode ser feito na gestação através de ultrassonografia fetal, e a intervenção cirúrgica é geralmente realizada com angiografia coronária. O manejo clínico deve ser multiprofissional, incluindo acompanhamento pediátrico e fisioterapia para melhorar a recuperação e a qualidade de vida dos pacientes.
Conclusão
A PCA é uma condição grave, mais comumente encontrada em pacientes com Síndrome de Down, podendo impactar significativamente a qualidade de vida e aumentar a taxa de morbidade desses pacientes, além de favorecer complicações pulmonares, como evidenciado no caso em questão, que apresentou episódios de pneumonia de repetição. O relato evidencia a importância do diagnóstico precoce e da intervenção cirúrgica para o controle da cardiopatia e prevenção de complicações graves além da abordagem multidisciplinar. Por fim, a paciente teve a PCA corrigida por meio de angiografia coronária, o que resultou na melhoria do quadro de pneumonia de repetição e ajudou a evitar futuras complicações.
Palavras Chave
Cardiopatia congênita; Síndrome de down; Pediatria
Área
Cardiologia
Categoria
Relato de caso
Autores
Thaynna Evha Marinho Leal e Carvalho , Maria Eunice Ferreira da silva, Adriana Sousa Leal , Vilton De lima Martins filho , Giovanna da Silva Souza