XVI Congresso Tocantinense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

MANEJO DA CRISE HIPERTENSIVA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução

Segundo a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, pode-se denominar crise hipertensiva o aumento súbito dos valores pressóricos, associados a sintomas decorrente dessa variação, como cefaleia, dor precordial, náuseas, epistaxe, dentre outros. Os episódios podem ser divididos em urgência hipertensiva, onde tem-se valores de pressão diastólica (PAD) a partir de 120mmHg e sintomas, ou, emergência hipertensiva, com valores pressóricos semelhantes aos da urgência, porém, com clinica característica de lesões de órgãos-alvo. Saber diferenciar os dois quadros mostra-se de extrema importância na prática clínica, uma vez que o manejo é pautado em atingir um valor pressórico hemodinamicamente seguro, coibindo, assim, lesões
orgânicas graves ou a morte.

Objetivo

No presente estudo, busca-se revisar em bases de dados sobre a crise hipertensiva, discutindo a importância do seu manejo e tratamento adequado para minimizar os efeitos deletérios que esta condição pode causar.

Métodos

Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura realizada em bases de dados LILACS e MEDLINE, através da BVS (biblioteca Virtual de Saúde), onde utilizou-se os descritores em saúde: crise hipertensiva; emergência hipertensiva e manejo da hipertensão, utilizando como critério de inclusão artigos completos, tanto em inglês quanto em português a partir de 2018 e critérios de exclusão os artigos anteriores à esse ano ou que não são disponibilizados na íntegra.

Resultados/Discussão

De acordo com as diretrizes de hipertensão arterial, recomenda-se a redução em 25% nas primeiras horas em caso de emergência hipertensiva, para isso, as intervenções são iniciadas por meio de anti-hipertensivos venosos, como o nitroprussiato de sódio, que apresenta grande eficácia na diminuição dos valores pressóricos, especialmente quando estes estão associados dissecção de aorta ou edema pulmonar agudo, entretanto, em casos de urgência (UH), pode ser adotado tratamento por via oral, com captopril nas doses de 25-50mg ou clonidina 0,1 0-0,2 mg, com mas, são proscritos o uso de nifedipino, que ao reduzir bruscamente o valor pressórico, pode resultar em isquemia tecidual. Apesar de bons resultados com a terapia farmacológica em ambos os casos, o manejo deve ser monitorado, sempre levando em conta a individualidade do tratamento e do paciente.

Conclusão

Apesar da hipertensão arterial ser um tema bastante debatido entre profissionais da saúde, a diferenciação entre os conceitos de emergência e urgência hipertensivas e o rápido manejo do quadro constitui pilar para que a equipe multiprofissional consiga minimizar os desfechos que estes quadros podem proporcionar ao bem-estar do paciente.

Palavras Chave

emergência hipertensiva; pressão diastólica; manejo

Área

Cardiologia

Categoria

Revisão de literatura

Autores

Camila Leinerh Nogueira Queiroz, Ana Carolina Deichsel, Danielle Ferraz Menezes Pinho, Mariano Lucas Silva Gomes, Elyanne dos Santos Gomes